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Mundo Sting, Caetano Veloso e Paulo Coelho participam de abaixo-assinado contra Bolsonaro em jornal inglês

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Escritor teria sido preso e torturado no lugar de um militante, que estava foragido durante a ditadura. (Foto: Emanuele Scorcelletti/Divulgação)

O jornal britânico The Guardian publicou na noite de sexta-feira (7), em seu site, um texto opinativo subscrito por vários artistas e figuras públicas, no qual é dito que o governo Bolsonaro representa uma ameaça à democracia e à liberdade de expressão no Brasil.

​O abaixo-assinado traz as assinaturas dos músicos Chico Buarque, Caetano Veloso, Arnaldo Antunes, do fotógrafo Sebastião Salgado, dos escritores Djamila Ribeiro (colunista do jornal Folha de São Paulo) e Paulo Coelho, entre outros 2.700 nomes. Também há estrangeiros entre os signatários, como o cantor Sting e o ator Willem Dafoe. A petição está sendo organizada por um grupo de professores universitário e artistas desde o início do ano.

O texto faz referência a diversas medidas do governo no ano passado. Diz, por exemplo, que membros do governo estimularam estudantes a filmarem seus professores em sala de aula para denunciá-los por doutrinação ideológica. E que o governo está atuando contra instituições culturais, científicas, educacionais e também contra órgãos de imprensa.

Intitulado “Democracy and Freedom of Expression Are Under Threat in Brazil” (“Democracia e Liberdade de Expressão Estão Sob Ameaça no Brasil”), o texto também faz menção ao documentário “Democracia em Vertigem”, que está concorrendo ao Oscar —o resultado será anunciado neste domingo.

Diz que a diretora do filme, Petra Costa, também signatária do abaixo-assinado, tem chances de se tornar a primeira diretora latino-americana a ganhar um Oscar e que, ainda assim, o governo a ataca. A Secretaria de Comunicação do governo Bolsonaro disse que o governo não comentará o abaixo-assinado.

“A administração de Bolsonaro deixou claro que não tolera divergências da sua ultraconservadora visão política. No último ano, o governo demitiu o diretor de marketing do Banco do Brasil, Delano Valentim, por ele ter criado uma campanha que promove a diversidade e a inclusão”, diz o texto, sobre censura promovida por Bolsonaro a um vídeo publicitário do banco. Há ainda menção à demissão de Ricardo Galvão do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), apontada como uma medida que desfavoreceu movimentos de proteção à Amazônia.

“O governo é hostil à imprensa”, prossegue o texto. “Em janeiro, o Ministério Público Federal abriu, sem provas, uma investigação contra o jornalista americano Glenn Greenwald e seu time por uma suposta participação em conspiração para hackear celulares de autoridades brasileiras”, diz, a respeito de mensagens privadas trocadas entre agentes da operação Lava Jato vazadas e publicadas por diversos jornais e revistas, entre eles a Folha, em parceria com o site The Intercept Brasil. A Secretaria de Comunicação do governo Bolsonaro foi procurada, mas nenhum órgão oficial se pronunciou até a tarde deste sábado.

 

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