Quarta-feira, 14 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 27 de setembro de 2015
As autoridades suíças investigam Eduardo Musa e Julio Camargo, delatores da Operação Lava-Jato que citaram o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em seus depoimentos no Brasil. A Procuradoria-Geral da Suíça confirmou que o alvo principal são as contas bancárias no país usadas por ambos para receber propina do esquema de corrupção que envolvia a Petrobras.
Segundo a procuradoria, os bens de Musa na Suíça foram bloqueados no âmbito de uma ação criminal. Engenheiro e gerente da área internacional da estatal entre 2006 e 2009, Musa entregou às autoridades brasileiras informações sobre depósitos feitos em contas na Suíça por meio de offshores. Contou que ainda tinha pelo menos 2,5 milhões de dólares depositados em uma conta no banco Cramer.
Musa afirmou que no esquema para receber recursos na Suíça usou os bancos Credit Suisse, Cramer e Julius Bar. Ele se comprometeu a repatriar 3,2 milhões de dólares e recolher 4 milhões de reais à Justiça brasileira. Segundo o Ministério Público da Suíça, “procedimentos criminais” estão sendo adotados contra o lobista Julio Camargo no país.
Camargo acusou Cunha de ter recebido 5 milhões de reais desviados da Petrobras. O lobista admitiu ter usado contas na Suíça para receber propina do esquema da estatal. (Folhapress)