Sexta-feira, 16 de maio de 2025

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
19°
Fair

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Geral Surpresa: trator, bomba em bunker e tiros à queima-roupa; entenda como o Hamas realizou o pior ataque a Israel em 50 anos

Compartilhe esta notícia:

Imagem mostra um edifício em chamas no centro de Gaza. (Foto: UN News/Ziad Taleb)

Pouco depois do amanhecer de sábado 97), centenas de homens armados do Hamas romperam as barricadas entre Gaza e Israel, correram pela área rural na zona fronteiriça, e chegaram atirando à queima-roupa em um festival de música eletrônica que havia começado na noite anterior. Mais de cem pessoas, a maioria jovens, foram mortas.

“Vi fumaça, chamas e tiros”, disse Andrey Peairie, sobrevivente de 35 anos, ao jornal The New York Times. “Tenho formação militar, mas nunca estive numa situação como esta.”

Dias após o ataque surpresa do Hamas, as provas que emergem dos locais mostram um lastro de crueldade e morte, e refazem o caminho dos terroristas ao atacarem civis israelenses em todos os lugares comuns de uma manhã de sábado: em um festival de música ao ar livre, em kibutzs, em suas próprias casas, ou nas ruas e estradas do sul do país.

Os terroristas invadiram o festival – que acontecia no deserto de Negev, perto de Re-im, a cerca de cinco quilômetros da fronteira de Gaza –, sequestraram um número desconhecido de pessoas no evento e mataram a tiros vários outros. Pelo menos dois brasileiros que participavam da rave, Bruna Valeanu e Ranani Glazer, ambos de 24 anos, foram assassinados.

Um vídeo mostra uma pessoa — no chão perto de um carro, mas em movimento — sendo baleada por um homem com um rifle, e depois sendo levada, já imóvel. Outro vídeo verificado pelo New York Times mostra membros do Hamas dirigindo uma moto com uma mulher israelense espremida entre eles, gritando enquanto seu namorado é levado a pé, com o braço torcido nas costas.

Algumas pessoas conseguiram se abrigar em um bunker, mas o local acabou sendo atingido por uma bomba. O gaúcho Ranani Glazer chegou a gravar um vídeo diretamente do local, antes de morrer: “Foi cena de filme”, disse em imagens postadas em suas redes sociais.

Ele precisou correr quilômetros para achar um lugar seguro para se esconder. “No meio da rave a gente parou num bunker, começou uma guerra em Israel, pelo menos a gente está num bunker agora, seguro”, disse antes de o local ser atingido pela bomba.

A namorada de Ranani, Rafaela Treistman, conseguiu sair, e a polícia pediu que ela fosse para o hospital, onde os feridos estavam sendo atendidos. Outra brasileira, Karla Stelzer Mendes, de 41 anos, estava no festival com o namorado e está até agora desaparecida.

“Pelos áudios dela a gente ouve os tiros. Graças a Deus os tiros estavam longe dela, mas ela viu os terroristas correndo e dá para sentir o desespero dela e o desespero de todas as pessoas que estavam lá”, afirmou Patrícia Hallak, amiga de Karla, em um vídeo publicado no Instagram.

Autoridades e trabalhadores de emergência encontraram mais de 100 pessoas mortas, incluindo crianças, no Kibutz Be’eri. O ataque ao local começou por volta das 6h de sábado, quando câmeras de segurança no portão do kibutz mostram dois homens armados tentando entrar. Quando um carro para na estrada, os dois homens disparam contra eles e entram no abrigo.

Por volta das 7h, pelo menos oito homens armados já estavam dentro do local. Cerca de duas horas depois, os terroristas do Hamas podem ser vistos em um vídeo retirando três corpos do carro emboscado. Outro vídeo mostra vários israelenses sendo capturados — mais tarde, são aparentemente mortos na rua.

Equipes de emergência removeram os corpos de mais de 100 pessoas mortas no kibutz, disse Moti Bukjin, segundo o porta-voz da organização de ajuda humanitária Zaka.

“Foi um trabalho horrível, havia crianças foram mortas lá”, disse, acrescentando que também havia dezenas de homens armados mortos na cidade. “Ainda não examinamos todas as casas.”

Quatro dias após o ataque à aldeia de Kfar Azza, do outro lado de alguns campos da fronteira com Gaza, os soldados israelenses foram de casa em casa, procurando armadilhas e retirando os mortos. Jornalistas do The New York Times que viajaram para a aldeia também viram corpos abandonados pelas vias e nos gramados, em casas e outros locais.

Soldados e equipes de resgate disseram que dezenas — ou mesmo centenas — de pessoas foram mortas:

“Não é uma guerra ou um campo de batalha; é um massacre”, disse o major-general Itai Veruv, comandante israelense no local. “É algo que nunca vi na minha vida, mais parecido com um pogrom da época dos nossos avós.”

O ataque a Sderot, uma cidade a cerca de 1,5 km de Gaza, começou na manhã de sábado, quando pelo menos dois tratores cheios de homens armados, com uma grande metralhadora acoplada, chegou à cidade. Civis foram baleados em seus carros ou a pé, sob um viaduto e enquanto esperavam o ônibus. Sete civis foram encontrados mortos em um ponto de ônibus. No total, pelo menos 20 civis mortos, bem como cerca cerca de dez soldados, bombeiros e policiais.

Vídeos filmados por moradores de Sderot mostraram terroristas armados atirando contra civis, trocando tiros com a polícia nas ruas e assumindo o controle da delegacia.

“Todo mundo morreu”, pode-se ouvir um homem dizendo em um deles. As informações são do jornal The New York Times.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Geral

ONU apresentará provas de crimes de guerra ao Tribunal Penal Internacional
Egito promete ajudar na retirada de 28 brasileiros da Faixa de Gaza; embaixador relata dificuldades na negociação
https://www.osul.com.br/surpresa-trator-bomba-em-bunker-e-tiros-a-queima-roupa-entenda-como-o-hamas-realizou-o-pior-ataque-a-israel-em-50-anos/ Surpresa: trator, bomba em bunker e tiros à queima-roupa; entenda como o Hamas realizou o pior ataque a Israel em 50 anos 2023-10-11
Deixe seu comentário
Pode te interessar