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Saúde SUS é capaz de atender demanda por vacina, diz ex-ministro da Saúde

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O objetivo da primeira fase da campanha é aplicar a primeira dose da vacina em 14.846.712 brasileiros ao longo de 21 dias

Foto: EBC
O objetivo da primeira fase da campanha é aplicar a primeira dose da vacina em 14.846.712 brasileiros ao longo de 21 dias. (Foto: EBC)

O SUS (Sistema Único de Saúde) tem capacidade para realizar a vacinação em massa contra a Covid-19, diz o médico e ex-ministro da Saúde José Gomes Temporão. Para ele, o PNI (Programa Nacional de Imunizações) é capaz de atender a demanda diante da pandemia do novo coronavírus.

“Não tenho a menor dúvida de que o PNI tem todas as condições técnicas, logísticas, de pessoal e experiência para poder colocar essa campanha de vacinação em prática. Não tenho nenhum receio em relação a isso”, avalia.

O problema, segundo Temporão, é a disponibilidade de doses e de insumos. “Nós deveríamos ter começado a negociar com as empresas produtoras muito antes. Nós já poderíamos estar vacinando no Brasil e não começamos. Erramos na logística de aquisição de seringas e agulhas”, destaca.

“Em 2010, nós vacinamos 80 milhões de pessoas contra o H1N1 em três meses. Em um único dia, o PNI consegue vacinar 10 milhões de crianças contra a poliomielite. É o único país do mundo que tem essa capacidade”, explica o ex-ministro, que esteve à frente da pasta entre 2007 e 2011, durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Segundo o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19, o objetivo da primeira fase da campanha é aplicar a primeira dose da vacina em 14.846.712 brasileiros ao longo de 21 dias. Para cumprir essa meta, o país precisaria imunizar cerca de 707 mil pessoas por dia.

Para o ex-ministro, a meta é “totalmente viável”. “Não vejo nenhuma dificuldade. Você vai ter que ter um plano de comunicação eficiente, orientar a população com transparência, exatamente tudo o que está faltando”, diz. “O grande desafio brasileiro no momento não é o PNI. O PNI tem todas as condições de fazer, com brilhantismo, o papel que lhe cabe. [O desafio] É a alienação, o negacionismo e a irresponsabilidade criminosa do presidente e do governo federal”, acrescenta.

A vacinação contra a Covid-19 no Brasil ainda é incerta: enquanto ao menos 48 países, incluindo nações em desenvolvimento como Kuwait, Costa Rica e Omã já iniciaram a imunização de suas populações, o Brasil ainda não tem data de quando as primeiras doses serão aplicadas. Os últimos a entrar na lista da vacinação foram Holanda, República de Palau, Islândia, Singapura, Irlanda e Belarus.

O governo passou a avaliar a possibilidade de realizar um “Dia D” de vacinação contra a Covid-19 em todo o País em 23 de janeiro. Segundo relatos feitos à analista Thais Arbex, esse cenário otimista leva em conta a possibilidade de 2 milhões de doses do imunizante desenvolvido pela farmacêutica britânica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford chegarem à Fiocruz entre os dias 15 e 20 deste mês. Este primeiro lote viria do Serum Institute, da Índia, responsável pela fabricação do produto.

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