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Mundo Suspensão do financiamento à Organização Mundial da Saúde afasta Donald Trump da liderança que os EUA sempre exerceram

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Presidente americano desvia foco das críticas pela má gestão do governo na pandemia do coronavírus e espelha na Organização Mundial da Saúde as próprias falhas

Foto: Reprodução
"É amigo meu, um grande homem, o presidente do Brasil, mas eles estão tendo um momento difícil", declarou Trump. (Foto: Reprodução)

No meio da pandemia do novo coronavírus, a despeito de dois milhões de contaminados e mais de 133 mil mortos, o presidente Donald Trump cumpriu uma ameaça feita na semana passada e anunciou que os EUA congelarão a contribuição à OMS (Organização Mundial da Saúde). O castigo veio com explicação. Ele acusou o organismo de encobrir gravemente o surto e constatou: “Muitas mortes foram causadas por seus erros”.

Ao condenar a OMS, Trump, no entanto, recorre a uma tática conhecida. Mais uma vez desvia o foco das críticas que vem recebendo pela má gestão no combate à Covid-19 e espelha na organização um retrato de suas próprias falhas.

O presidente americano assegura que a OMS demorou a lidar com o surto e aceitou facilmente a versão da China. Mas ele também minimizou o vírus, comparando-o a uma gripe, assim como classificou o governo Xi Jinping de transparente, enquanto a doença ainda estava limitada ao território chinês.

Embora o organismo tenha apresentado erros, o momento é inoportuno para a revisão de suas ações e a suspensão dos fundos, como prometeu o presidente americano. Ele persiste em sua guerra ao multilateralismo, avançando contra mais um organismo internacional, como já fez anteriormente com a aliança militar Otan (Organização do Tratado Atlântico Norte) e com a OMC (Organização Mundial do Comércio).

Trump se afasta a passos largos da liderança que os EUA sempre exerceram em crises globais. Por mais esta iniciativa, recebeu a condenação unânime de líderes mundiais. “Quando estamos divididos, o coronavírus explora as brechas entre nós”, resumiu o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom.

Foi alvo também da comunidade científica. “É um passo perigoso, na direção errada, que não tornará o combate ao coronavírus mais fácil”, avaliou Patrice Harris, diretora da Associação Americana de Medicina. O diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças, Robert Redfield, foi taxativo ao dizer que manteria a parceria do CDC com a OMS.

Os EUA são o principal doador da OMS, contribuindo em 2019 com 15% de seu orçamento, seguidos pela Fundação Bill e Melinda Gates, criada pelo co-fundador da Microsoft, outro crítico da decisão da Casa Branca.

A China, por sua vez, participa com apenas 1,5%. Isso explica parte do desagrado de Trump. Mas tudo faz crer que o principal é fazer da OMS um bode expiatório que justifique, antes das eleições de novembro, as falhas da Casa Branca no combate à pandemia que até agora vitimou 28 mil americanos.

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