Terça-feira, 11 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 10 de janeiro de 2016
A volta da inflação ao patamar de dois dígitos fez a defasagem histórica da tabela do IR (Imposto de Renda) dar um salto e alcançar 72,2% nos últimos vinte anos. Até 2014, essa discrepância era de 64,3% – é o maior avanço anual em uma década, o que representa uma carga tributária maior para os brasileiros, mesmo sem as alíquotas terem sido elevadas. Isso ocorre porque, entre 1996 e 2015, a inflação (260,9%) foi muito superior à correção realizada pelo governo nas faixas de cobrança do IR (109,6%), segundo cálculos do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional).
Nesse período, apenas cinco reajustes da tabela superaram o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). No ano passado, essa diferença ganhou ainda mais força, já que o IPCA chegou a 10,67%, o maior patamar desde 2002, enquanto o reajuste médio da tabela foi de apenas 5,6%.
Afetados
Esse descompasso afeta sobretudo os mais pobres. Isso acontece porque ele traz pessoas com salários cada vez menores para dentro da base de contribuição.