Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 18 de dezembro de 2017
Depois de quase 50 anos no ar como um dos aviões mais marcantes da aviação moderna, o Boeing 747 (também conhecido como “Jumbo”) fará nesta terça-feira o seu último voo comercial de Seul (Coreia do Sul) para Detroit (Estados Unidos), nos Estados Unidos. A partir de agora, os seus pousos e decolagens ficarão restritos ao serviço de cargas.
Com isso, a companhia norte-americana Delta Airlines vai retirar a aeronave de sua frota de transporte de passageiros e nenhuma empresa aérea do país terá a aeronave a serviço da aviação civil. Já a Lufthansa (Alemanha), a British Airways (Inglaterra) e a Korean Airlines (Coreia do Sul) continuarão voando com o modelo.
O avião, conhecido por sua “corcunda” na parte frontal da fuselagem, tem capacidade para até 600 pessoas e conta com quatro motores. “O Boeing 747 foi um marco na história da aviação”, ressaltou Bob van der Linden, responsável pelo setor de Ar e Espaço do museu Smithsonian, de Washington (EUA). “Ele é grande, confortável e bonito, símbolo de poder econômico, mesmo com a chegada, em 1995, do modelo 777, um pouco menor e com 550 lugares.”
Considerada um ícone do transporte civil, o 747, na década de 1990 a aeronave ficou famosa por se tornar o avião dos presidentes norte-americanos e do turismo de massa. Também se tornou uma “estrela de Hollywood” ao ganhar destaque em diversas produções cinematográficas, tais como “Força Aérea um” e “Missão Impossível II”.
Trajetória
A companhia estreante do 747 no mundo foi a também norte-americana Pan Am (extinta em dezembro de 1991 e que agora completaria 90 anos de fundação), em 22 de janeiro de 1970. Mas a United Airlines não ficou muito atrás: o seu primeiro voo comercial com o Jumbo ocorreu no dia 23 de julho daquele mesmo ano, mas em uma rota nacional.
Apesar de todo o seu aspecto icônico, o Jumbo deixou de ser popular nos Estados Unidos com o passar dos anos – várias companhias acabaram desistindo do imenso avião, como a American Airlines, que preferiu opções menores e mais adequadas para as rotas de demanda mediana. Com isso, apenas duas empresas mantiveram o quadrirreator em suas frotas em 2017: além da United, apenas a Delta mantém alguns aviões em sua frota,
Substituição
Apesar de oferecer o voo entre San Francisco (no Estado da Califórnia) e Havaí, a United encerrou a carreira internacional do 747 em novembro com um voo entre Seul e San Francisco. O 747-400 com capacidade para 374 passageiros será substituído pelo Boeing 787-9 na rota, mas o principal substituto do quadrirreator será mesmo o versátil 777.
Na Delta, o sucessor do 747 chama-se A350. O jato avançado da francesa Airbus, inclusive, já fez o seu primeiro voo no final de outubro, ligando Tóquio (Japão) a Detroit (EUA).