Quarta-feira, 05 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 4 de novembro de 2025
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), iniciou a montagem do time que fará sua campanha em 2026. Aliados mantêm o discurso de que seu foco é a reeleição no Estado, mas o grupo que está sendo consultado pelo governador para trabalhar com ele tem histórico de atuação em disputas pela Presidência da República.
“Eleição presidencial não é algo que se busca. É preciso ser a pessoa certa, no lugar certo, na hora certa. Dito isso, o que a gente quer é estar preparado para tudo”, afirmou um adepto do governador a par das conversas, sondagens e contratações.
Um dos nomes sondados é o do publicitário Pablo Nobel, que atuou nas campanhas presidenciais de Aécio Neves (PSDB-MG) em 2014 e Geraldo Alckmin, então no PSDB, em 2018. Nobel já estaria na fase de negociação de contrato por meio do partido de Tarcísio, o Republicanos.
A ideia é que Nobel fique responsável pelos filmetes a serem produzidos para o governador de São Paulo sob a batuta de um estrategista, cuja contratação também está em estágio avançado de negociação — ele, inclusive, já está municiando o governador de dados.
Tarcísio também ampliou as conversas com presidentes de partidos do centrão e da direita. Fala com eles ao menos uma vez por semana.
Ele ainda voltou a articular pela unidade dos governadores de seu campo, para diminuir os ruídos amplificados pela atuação de integrantes da família Bolsonaro, como os filhos Eduardo e, mais recentemente, Flávio. Há expectativa de uma marcha unida desse grupo para pedir ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a votação do projeto que equipara facções criminosas a grupos terroristas.
Um movimento mais assertivo na direção da empreitada pelo Planalto no ano que vem só virá com a bênção pública de Jair Bolsonaro. Enquanto isso não acontece, Tarcísio vai se estruturando. O governador passou a ter reuniões semanais para discutir estratégias de comunicação.
Partidos entusiastas de sua candidatura à Presidência, como o PP, fazem pesquisas periódicas para testar a adesão dos nomes da direita. Hoje, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) é tido como candidato inviável pela rejeição amealhada em sua estadia nos Estados Unidos.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro teria preferência na família para disputar uma cadeira ao Senado, onde sua eleição é dada como certa. E entre os demais governadores, Tarcísio larga na frente. (Com informações da colunista Daniela Lima, do portal UOL)