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Ciência Tecnologia criada na USP para monitorar a extração de petróleo pode reduzir o preço da gasolina

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Pesquisadores da USP de São Carlos desenvolvem tecnologia que pode baratear combustível. (Foto: Oscar Rodriguez/Arquivo Pessoal)

Pesquisadores da EESC (Escola de Engenharia de São Carlos) da USP (Universidade de São Paulo) desenvolveram uma técnica computacional que promete gerar uma economia milionária no processo de extração de petróleo, podendo até reduzir o preço da gasolina.

A tecnologia, que mescla cálculos da Física e Inteligência Artificial (IA), também garante maior segurança aos procedimentos realizados nas plataformas do pré-sal, diminuindo o risco de acidentes ambientais nas refinarias e minimizando a emissão de CO² na atmosfera.

Os resultados foram publicados na edição mais recente do Journal of Fluids Engineering, da revista científica The American Society of Mechanical Engineers. A expectativa dos cientistas é de que o novo método seja incorporado ainda este ano pela Petrobras.

A pesquisa foi financiada pela Petrobras, Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Modelo híbrido

Atualmente, para avaliar como os poços de petróleo e de gás estão operando, são utilizados códigos computacionais da área de mecânica dos fluidos (ramo da Física). Contudo, segundo o professor Oscar Mauricio Rodriguez, do Departamento de Engenharia Mecânica da EESC, eles possuem limitações.

“Utilizam-se, na verdade, expressões matemáticas simplificadas, que não são capazes de prever todas as variáveis de produção que existem na prática, como diferentes tipos de petróleo, presença de gás, condições severas de pressão e temperatura e escoamentos multifásicos”, explicou o professor.

Com o objetivo de avaliar com maior exatidão as condições de produção de petróleo e gás, a equipe de cientistas comandada pelo professor desenvolveu uma técnica para auxiliar esses códigos já existentes, por meio do aprendizado de máquinas, a IA.

“A gente tem a junção dessas duas ferramentas [e] com isso acaba ganhando em confiabilidade e em segurança. Você consegue informar o operador, na plataforma, de algo que pode estar acontecendo a quilômetros de profundidade, abaixo da camada do pré-sal”, completou.

Testes

A fim de coletar dados de pressão, temperatura e vazão para criar o novo programa, uma estrutura que simula como funciona um poço de extração, geralmente instalado a 7 km de profundidade em alto mar, foi montada, em escalada reduzida, no Laboratório de Escoamentos Multifásicos Industriais (LEMI) da EESC.

“A ideia é justamente monitorar e controlar esse parâmetro de tal forma que simule condições similares ao pré-sal. Aí a gente extrai nossos dados de interesse, que é a filmagem de como estava o escoamento dentro da tubulação e outras características importantes”, explicou o pesquisador André Quintino.

Vantagens

O monitoramento mais preciso de toda a parte de bomba e de extração do petróleo gera uma otimização do trabalho, aumentando a produção. Além disso, a tecnologia desenvolvida na pesquisa também deve reduzir o risco de acidentes ambientais.

“A partir do momento em que há um monitoramento mais adequado do seu processo de produção, você tem mais controle e, consequentemente, mais segurança no processo. Isso é imprescindível para que você evite vazamentos de petróleo e acidentes que podem custar vidas e capital para a companhia”, afirmou Rodriguez.

A técnica também poderia ser utilizada na elaboração mais precisa de novos poços, reduzindo custos e gerando uma economia de milhões de dólares.

Com isso, os preços dos produtos derivados do petróleo poderão ter uma redução, já que sua produção ficará mais estável, evitando surpresas como a que ocorreu com a pandemia de Covid-19.

“Se a empresa tem um lucro maior com esse tipo de tecnologia, obviamente ela tem uma flexibilidade para trabalhar no preço de seus produtos. A sociedade ganha, a empresa se torna mais competitiva a nível mundial e a tecnologia se desenvolve. E é uma tecnologia 100% nacional, feita em casa”, finalizou o professor. As informações são do portal de notícias G1.

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