Quinta-feira, 28 de março de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Geral Tensão na Venezuela: juiz se escondeu na embaixada do Brasil

Compartilhe esta notícia:

Ifill Pino passou dois meses refugiado na embaixada brasileira em Caracas. (Foto: Reprodução)

Alegando perseguição pelo regime do ditador Nicolás Maduro, um juiz do TSJ (Tribunal Supremo de Justiça) da Venezuela se refugiou por cerca de dois meses na embaixada do Brasil antes de fugir por terra para a Colômbia.

O magistrado Idelfonso Ifill Pino se abrigou na sede da diplomacia brasileira em Caracas enquanto organizava sua fuga por terra para o país vizinho. A informação foi divulgada pelo jornal “O Globo” neste sábado (21) e confirmada à Folha de S.Paulo, em caráter reservado, por fontes do governo brasileiro.

Procurado, o Ministério das Relações Exteriores não quis se manifestar. Respondeu apenas que “o Brasil tem longa tradição de asilo diplomático, mas não comenta casos específicos”.

O Itamaraty destaca que a Constituição brasileira, em seu artigo 4º, elenca a concessão de asilo político como um dos princípios que regem as relações internacionais do País.

Ifill Pino é um dos 33 juízes que foram designados para o TSJ pela Assembleia Nacional venezuelana – que é controlada pela oposição e não é reconhecida pelo regime de Maduro. O governo venezuelano, portanto, também não reconhece a atuação desses magistrados.

Onze deles escaparam do país por terra nas últimas semanas depois de buscarem refúgio em embaixadas de diversos países. Eles não tinham autorização do governo para deixar a Venezuela como asilados políticos. A informação sobre a presença de um dos magistrados na Embaixada do Brasil foi confirmada pelo também membro do TSJ nomeado pela AN (Assembleia Nacional), Miguel Angel Martin.

“Tivemos cinco magistrados na Embaixada do Chile, quatro na do Panamá, um na do México e um na do Brasil”, disse Martin, que está atualmente nos Estados Unidos.

Martin ajudou todos a armarem planos de fuga, de carro. Os magistrados não conseguiram autorização do Executivo para sair formalmente como asilados políticos, e uma das razões que teria levado o embaixador brasileiro Ruy Pereira, a não revelar a presença de Ifill Pino seria a promessa por parte das autoridades venezuelanas de que dessa forma o salvo-conduto pederia ser concedido. Mas isso nunca aconteceu, apesar do empenho do embaixador.

Ifill Pino ficou mais de 60 dias na embaixada brasileira.

O caso de Ifill Pino guarda semelhança com a fuga do senador boliviano Roger Pinto Molina para o Brasil. Opositor do governo Evo Morales, ele fugiu de carro do país em 2013, com a ajuda do diplomata brasileiro Eduardo Saboia.

No ano anterior, o governo brasileiro havia concedido asilo político a Molina, mas as autoridades bolivianas rejeitaram o pedido de salvo-conduto para que ele pudesse deixar o país. Ele ficou 454 dias em uma pequena sala da embaixada brasileira em La Paz até que Saboia o ajudou a fugir, em uma viagem de 22 horas por terra até Corumbá (MS).

 

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Geral

Justiça mantém preso homem acusado de fincar garfo na esposa grávida
PF indicia o ex-diretor da Petrobras Jorge Zelada por corrupção
https://www.osul.com.br/tensao-na-venezuela-juiz-se-escondeu-na-embaixada-do-brasil/ Tensão na Venezuela: juiz se escondeu na embaixada do Brasil 2017-10-21
Deixe seu comentário
Pode te interessar