Domingo, 15 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 7 de março de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A 7 de março de 1986, o Plano Cruzado, uma semana após o lançamento, começou a enfrentar problemas. Um deles: os juros de financiamento de bens de consumo atingiram nas lojas as taxas anuais de 46,8 a 112 por cento, escapando ao congelamento.
O ministro da Justiça, Paulo Brossard, também no dia 7, declarou que “qualquer um dos 2 milhões de funcionários públicos, não importava o cargo que exercesse, poderia ser requisitado pelo governo para servir como fiscal de preços”.
Não houve trégua: no mesmo dia, acusado de remarcar preços de bebidas alcoólicas e refrigerantes, o empresário Roberto Maksoud, proprietário do Hotel Maksoud Plaza, um dos mais caros e luxuosos de São Paulo, foi preso. Na Delegacia, disse que o flagrante foi uma demagogia da Superintendência Nacional de Preços.
A regra que criou o plano de inflação zero desagradou os pais de alunos, que tinham a expectativa de redução das mensalidades escolares.
O benefício do decréscimo no valor a pagar estava garantido para todos os outros tipos de prestações.
No plano político, em reuniões separadas, PDT, PDS e PT, de oposição, começaram a definir a linha de atuação diante do Plano Cruzado.
O PDT e PT decidiram cobrar maior aprofundamento nas questões sociais, principalmente salários.
O PDS preferiu optar pela defesa dos interesses do empresariado, exigindo maior controle dos gastos do setor público.
O Plano Cruzado se manteve até as eleições de 15 de novembro daquele ano. Logo depois, naufragou.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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