Segunda-feira, 29 de abril de 2024
Por adm | 28 de dezembro de 2019
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
As campanhas eleitorais às prefeituras, no próximo ano, deverão mudar em relação às anteriores. Só demagogos se arriscarão a lançar planos faraônicos e precisarão ser denunciados. Sobretudo nas capitais, os déficits se acumularam, mostrando o sinal de fim da linha.
Corre na frente
Para não se incomodar, o ministro da Economia, Paulo Guedes, enviará mensagens, alertando que o governo federal não terá previsão no orçamento para socorrer em 2021 os prefeitos que assumirão.
Guedes ainda encaminhará um manual com receitas sobre como praticar a austeridade.
Perda de tempo
Este colunista acompanhou inúmeras sessões plenárias pela TV Senado e TV Câmara ao longo do ano. Na tribuna, o desfile de percentual considerável de parlamentares dos quais não dá para se cobrar ideias. Encomendaram frases para repetir durante a campanha eleitoral e ficaram aí. A modernização socioeconômica e estrutural, que tanto se pretende, não chegará desse jeito.
Acertaram a fórmula
As grandes estatais da União este ano tiveram bons resultados. O lucro dos cinco maiores grupos federais (Petrobras, Eletrobrás, BNDES, Banco do Brasil e Caixa) cresceu 70 por cento entre janeiro e setembro em comparação com igual período de 2018. Não tem segredo: basta escolher administradores profissionais. Quando os partidos indicavam cupinchas despreparados, davam prejuízos.
Tomou rota própria
O presidente José Sarney, a 28 de dezembro de 1987, deixou de convidar o Conselho Político para reunião no Palácio do Planalto, como era hábito semanal. Debatiam sobre os grandes temas nacionais. Tinha entre seus integrantes os senadores Fernando Henrique Cardoso e Carlos Alberto Chiarelli, e o ministro da Justiça, Paulo Brossard. Era o último vestígio da Aliança Democrática, criada em 1984.
União dos opostos
A Aliança Democrática surgiu em 1984, final do regime militar, formada pelo PMDB e pela Frente Liberal, dissidência do Partido Democrático Social, governista. O objetivo era apoiar, na eleição presidencial de janeiro de 1985, a chapa composta por Tancredo Neves e José Sarney.
Há sempre uma nova solução
Uma notícia que vai agradar a Secretaria da Fazenda de Porto Alegre: a 28 de dezembro de 1993, a Câmara Municipal de São Paulo aprovou, por 30 votos a 21, a adoção da correção diária de impostos.
Falta uma tesoura
É frequente, a cada final do ano, câmaras municipais devolverem recursos ao Executivo. Os vereadores não perdem a chance de transformar em peça de marketing. Uruguaiana é um dos casos. Em 2019, a sobra chega a 1 milhão e 570 mil reais. Muitos perguntam se não seria mais fácil e lógico reduzir os generosos 6% que recebe do orçamento do município para alimentar a máquina de apenas 11 legisladores e equipes?
Em 2020, o orçamento prevê receita de 290 milhões de reais. Pelo menos 17 milhões e 400 mil se destinarão ao Legislativo. Seria uma vocação Papai Noel com recursos do contribuinte?
Disparada
Lendo hoje parece ficção: a 28 de dezembro de 1989, a Secretaria do Planejamento da Presidência da República divulgou a inflação do mês: 53,55%. A caderneta de poupança rendeu 54,31%. A inflação anual atingiu 1.764,86%. Em 1988, foi de 993,62%. Em 1987 ficou em 365,95%.
Registros
Indulto foi o assunto da semana.
Um dos primeiros no Brasil teve o decreto assinado a 22 de agosto de 1840, beneficiando participantes da Revolução Farroupilha.
Outros casos
Em setembro de 1974, o presidente Gerald Ford concedeu a Richard Nixon, seu antecessor, o perdão total pelos crimes cometidos contra os Estados Unidos, começando pelo escândalo do Caso Watergate. Os dois eram do Partido Republicano. Mais: o presidente Jimmy Carter deu anistia, evitando a condenação de soldados que não quiseram lutar na guerra do Vietnã.
Muitos se iludem
Há os que ainda não perceberam a situação financeira do governo do Estado. Outrora majestosa, a nau está com mastro avariado, velas esfrangalhadas e sem cordas.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.