Quinta-feira, 09 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 29 de novembro de 2015
Ibrahim Awwadty Ibrahim Ali Muhammad al-Badri al-Samarrai, mais conhecido como Abu Bakr al-Baghdadi, é o terrorista mais procurado do mundo. O que se sabe sobre ele é que tem 44 anos, nasceu em Samarra, no Iraque, é o líder do grupo EI (Estado Islâmico) e tem uma recompensa de 10 milhões de dólares (38 milhões de reais) oferecida pelos Estados Unidos por informações que levem à sua captura. O que poucos sabem, porém, é que ele era um atacante de primeira no futebol.
Entusiasta dos esportes.
“Ele era o Messi do nosso time, nosso melhor jogador”, contou Abu Ali, amigo do extremista, ao jornal inglês The Telegraph. Ibrahim Awwadty era o principal jogador do time da mesquita de Tobchi, bairro pobre localizado na zona oeste de Bagdá, para onde o hoje terrorista se mudou quando deixou Samarra para cursar a Universidade Islâmica da capital iraquiana. Entusiasta dos esportes, e também descrito como muito religioso, o homem mais procurado do mundo era capitão da equipe e um líder nato, lembra seu amigo.
“Ele tinha uma voz poderosa, e isso servia tanto para a reza quanto para comandar o time. Nós adorávamos jogar futebol juntos. Nos tempos de Saddam [Hussein], também visitávamos lugares fora de Bagdá, como Anbar, pois ele gostava muito de nadar”, recordou. O futebol, contudo, perdeu espaço na vida de Ibrahim Awwadty quando a coalizão liderada por Estados Unidos e Inglaterra invadiu o Iraque, em 2003, dando início a um conflito que até hoje deixa milhares de mortos no Oriente Médio e no resto do mundo.
Estrategista.
Logo após conseguir seu PhD em Estudos do Islã, ele passou a se dedicar ao aprendizado e aplicação da xaria, as leis islâmicas que regem a Constituição de diversos países muçulmanos. Silenciosamente, passou a tramar uma maneira de um dia expulsar os americanos e ingleses de seu país natal, ao mesmo tempo em que ascendia como líder regilioso nas zonas mais conflituosas da combalida Bagdá. “Ele nunca demonstrou nenhuma hostilidade aos invasores. Ele não tinha sangue quente, como a maioria das pessoas. Imagino que ele tenha planejado tudo isso de maneira calada, dentro da cabeça dele”, opinou o amigo Abu Ali.