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Brasil Testemunhas relatam pânico durante o tiroteio em escola na Grande São Paulo

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Uma comerciante abrigou aluna que estava dentro da escola Raul Brasil; atiradores diziam estar armados com bomba. (Foto: Reprodução/Google Street View)

A comerciante Jozielma Soares dos Santos, de 48 anos, que trabalha em uma oficina a cerca de 200 metros da Escola Estadual Professor Raul Brasil, relatou o pânico vivido por alunos na manhã desta quarta-feira (13), quando dois atiradores abriram fogo contra estudantes e funcionários do colégio. Os criminosos deixaram seis vítimas e se suicidaram em seguida.

Jozielma contou que abrigou uma aluna que estava na escola na hora do massacre. “Daqui da oficina deu para ouvir muitos tiros. De repente, começou a sair muita gente correndo da escola. As crianças saíam correndo, chorando muito, gritando. Uma menina entrou aqui na oficina desesperada, pediu meu celular emprestado para ligar para a mãe, mas a ligação não completava. Foi uma cena horrível”, contou.

Segundo o relato da aluna abrigada por Jozielma, os atiradores começaram o massacre logo após o sinal tocar, anunciando o início das aulas.

“Ela disse que eles diziam que iam matar todo o mundo, que iam jogar uma bomba. Alguns alunos se trancaram no refeitório, e outros fugiram pelo portão. O clima aqui está muito tenso, tem muitos pais chegando à escola par a procurar os filhos”, contou a comerciante.

Um morador de um condomínio localizado na frente da escola, que não quis se identificar, afirmou que por volta das 9h acordou ouvindo o barulho dos tiros. Segundo ele, da janela dos apartamento no sexto andar era possível ver alunos correndo e gritando no pátio da escola.

“O barulho dos disparos parava e voltava toda hora. Depois de uns 10 minutos vi uma viatura chegando nos fundos da escola ao mesmo tempo que muitos alunos pulavam o muro para tentar fugir dali.”

Ainda segundo o morador, em pouco tempo familiares dos alunos e funcionários começaram a chegar ao local buscando por informações de possíveis vítimas.

Uma das alunas que sobreviveu à tragédia disse que estava na cantina no momento do tiroteio. Ela relatou que conseguiu sobreviver após se esconder em um banheiro.

“Era o momento do intervalo, o pátio estava cheio. Eu estava na cantina na hora e consegui correr pro banheiro. Eles não falavam nada, não olhavam pra ninguém, apenas atiraram. Quando tentei passar pelo portão, vi alguns colegas já feridos no chão. Meu namorado foi pro hospital, com um tiro de raspão, mas não tenho mais informações além disso porque perdemos o contato. Um dos meninos já estava dentro da escola e o outro entrou. O que eu soube é que ele é aluno do 3º ano do ensino médio, mas eu não o conhecia.”

Outro estudante, que se identificou apenas como Mateus, conversou com os jornalistas na porta da escola e contou que correu para escapar dos atiradores. Mateus disse ainda que um dos seus colegas ficou em estado de choque ao ver as cenas e acabou sendo atingido pelos atiradores.

“Eu estava ao lado dele. Falei: ‘corre mano’. Ficou parado, em choque. Levou dois tiros: um no peito e outro na barriga. E eu só peguei a mão do meu irmão”, disse o aluno, chorando muito. “Eu vi umas cinco ou seis pessoas jogadas no chão.”

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