Brasil Tite cita seleções do Brasil de 1970 e 82 como inspiração
Por Redação O Sul | 20 de junho de 2016
O gaúcho Tite conversou com a imprensa pela primeira vez como técnico da Seleção Brasileira nesta segunda-feira (20), no Rio de Janeiro. O ex-comandante do Corinthians citou as performances do Brasil na Copa de 1970, no México, e também no Mundial da Espanha em 1982 como referências.
“A Seleção Brasileira inspira e faz o joelho balançar também. Toda uma história extraordinária. Eu me lembro de 1970, ouvindo com oito anos o rádio. O Tostão recebe uma bola pelo lado esquerdo, passe e infiltração do Clodoaldo, empatamos e eu saí vibrando, feliz da vida. Ou a Copa de 1982 que me marcou pela beleza, sou fascinado por meio-campistas, como Falcão, Cerezo, Sócrates, Zico”, relembrou em forma de elogio o treinador.
Um dos temas mais questionados pelos repórteres foi Neymar. O craque da equipe canarinho tem sido uma dor de cabeça por seu comportamento. Mas Tite não fugiu da pergunta.
“A partir desse momento começo a interagir. Uma coisa que acredito: o lado humano potencializa o lado profissional. Vindo para cá, minha perna estava balançando, é o lado humano que todos têm. Posso assegurar que todos, inclusive o Neymar, querem o bem da Seleção. Compete a nós encontrar e buscar o melhor caminho”, exemplificou.
Outro ponto polêmico foi esquivado. Tite preferiu não citar o manifesto assinado por ele há cerca de seis meses, no qual ele e muitos outros profissionais do futebol solicitavam a renúncia do atual presidente da CBF.
Prioridade
Como não irá comandar o Brasil nos Jogos Olímpicos deste ano, Tite deixou claro que a prioridade é classificar a Seleção à Copa de 2018, na Rússia. A tarefa não será fácil, pois o time não ocupa nem a faixa dos classificados nas Eliminatórias Sul-Americanas.
“O foco é a classificação no Mundial e não estamos em uma zona de classificação. Vamos trabalhar em cima disso. Mas claro que corre o risco (de ficar fora). Se tu não aceitar, você vai estar lutando contra a realidade. Estou aqui porque, infelizmente, o resultado não veio. É um fato real. Mas há toda uma qualidade para que a gente cresça e busque essa situação. É assim nas equipes e também vejo assim em seleções”, comentou.
Antes do início da coletiva, o presidente da CBF, Marco Polo De Nero, entregou a Tite uma camisa com o nome de dona Yvone, mãe do técnico. “Uma homenagem à nossa torcedora-símbolo”, brincou o mandatário.
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