Terça-feira, 30 de setembro de 2025
Por Redação O Sul | 12 de dezembro de 2020
Todas as usinas térmicas estão, atualmente, 100% em operação desde outubro e devem permanecer assim durante todo o verão. Isso representa um custo elevadíssimo para o bolso do consumidor de energia elétrica e para o meio ambiente. Por exemplo, a térmica mais cara custa 1.600 reais por megawatt hora, mais de 10 vezes o custo de uma usina eólica. A falta de chuva é o que motivou o acionamento dessas térmicas, que utilizam carvão mineral ou óleo diesel como combustível. E isso enquanto o país está em grave crise econômica.
A corda está apertando no governo, pois há pouca margem de manobra se voltarem as chuvas. Importar mais energia da Argentina e do Uruguai é uma possibilidade, mas com pouca efetividade. O desligamento das térmicas apenas se dá na proporção da recuperação dos sistemas hídricos e a expectativa é que comece a chover com mais intensidade em janeiro.
Apagão
Um apagão deixou quatro regiões do Distrito Federal sem energia elétrica, por volta das 14h da sexta-feira (11). De acordo com a Companhia Energética de Brasília (CEB), um defeito na chave seletora da Subestação Brasília Geral de Furnas provocou a interrupção no funcionamento de duas subestações.
Em nota, a CEB informou que às 14h23 a energia foi restabelecida em parte da Asa Sul. “Às 14h40, o problema foi solucionado nas quatro regiões afetadas”, disse a companhia. No início da noite, Furnas afirmou que “uma falha em equipamento do setor de 34,5kV da Subestação Brasília Geral, afetou o fornecimento de energia”. A empresa disse ainda que as causas da ocorrência estão sendo apuradas.
A CEB Distribuição foi vendida à iniciativa privada, por R$ 2,515 bilhões. O lance foi dado pela Bahia Geração de Energia, do grupo Neoenergia. O valor mínimo para o leilão era de R$ 1,424 bilhão. O pregão ocorreu na Bolsa de Valores de São Paulo (B3).
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), comentou que o projeto de privatização nasceu da impossibilidade de recuperar a CEB. “O estado não deve participar de algumas atividades”, disse. Segundo o chefe do Executivo local, a distribuição de energia na capital “ficará melhor a cargo da iniciativa privada”.
Poda de árvores
Para reduzir interrupções do fornecimento de energia causados pela interferência de árvores na rede elétrica, a Cooperativa Pioneira de Eletrificação – COOPERA, com sede em Forquilhinha, realiza periodicamente o corte de galhos de árvores que se sobrepõem à fiação elétrica de rua. Esse trabalho é feito por profissionais habilitados e com técnicas adequadas e tem o objetivo de manter o fornecimento de energia de qualidade aos associados e consumidores com o menor impacto possível na vegetação urbana.
O engenheiro eletricista Jefferson Diogo Spacek, explica que a cooperativa tem como base a Licença Ambiental de Operação que autoriza a limpeza da faixa onde estão as redes de distribuição de energia elétrica. “Nossa preocupação é aliar a segurança e a qualidade no fornecimento de energia elétrica, pois sabemos que ao atingir a rede elétrica a vegetação causa problemas e muitos riscos”, comenta.
Ele lembra que no Estatuto Social da Coopera, no artigo 6º, um dos deveres do associado é não plantar vegetação que possa atingir fios e cabos na faixa de domínio das redes de distribuição, cumprindo-lhe retirá-las se existentes, independentes de avisos ou notificações. “Nosso desafio é reduzir as panes na rede de distribuição de energia sem comprometer o nosso ecossistema, a fim de integrar o sistema elétrico ao meio ambiente, por meio de técnicas adequadas de poda e sempre prezando pela segurança das pessoas”, friza.