Segunda-feira, 16 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 2 de janeiro de 2021
Nanda disse que teve medo da exposição e da repercussão do seu relacionamento com Lan Lahn em sua carreira.
Foto: Reprodução/InstagramNanda Costa diz que dá importância a cada pessoa que a ajudou a tornar-se uma grande atriz, alguém que inspire fora das telas. E também diz que “todo mundo tem direito de ser livre, de amar quem quiser e de ser o que quiser”.
Em entrevista à revista Quem, ela relatou a coragem de sua mãe, Patrícia, ao seguir com a sua gravidez aos 16 anos, da avó, Maria Inês, à frente de seu tempo, que comandava os negócios da família, do apoio nos momentos mais difíceis que recebeu do avô, José, e da amiga, Marília, que lhe deu, ao lado dos pais, um lar enquanto ainda tentava a carreira de atriz em São Paulo após a morte de sua tia, Paula, com quem morava desde sua saída de Paraty, no Rio de Janeiro.
O isolamento social que realizou em boa parte de 2020, disse a atriz, reforçou ainda mais esse papel essencial que o outro tem em sua vida. Desfrutando de mais de uma de suas conquistas, a Érica, de Amor de Mãe, Nanda se viu obrigada no ano passado a pausar as gravações da novela das 9 para proteger a si mesma e ao outro do caos causado pelo coronavírus. “Foi o ano mais difícil da minha vida e creio que de todo mundo. A gente viu a importância do outro e entendeu que sozinho não consegue nada”, analisa.
Nanda também contou sobre o medo que teve ao assumir a sua sexualidade. A atriz disse que temia que sua carreira fosse destruída.
“A importância da representatividade é muito grande. Quando eu era adolescente e estava descobrindo minha sexualidade, não via nenhuma atriz falando abertamente sobre isso e trabalhando em novela, sendo capa de revista ou fazendo publicidade. Achava que eu era estranha e que se eu fosse dar margem para quem eu era de verdade, não alcançaria o meu objetivo. Era um medo profissional de não ser chamada mais para trabalhar e de colocar em risco todo o sacrifício que fiz para ser atriz”, contou.
O receio era tanto que, mesmo com a carreira consolidada, ainda teve medo de que o seu relacionamento com Lan Lahn e, consequentemente sua orientação sexual, fossem expostos.
“Senti na pele o medo. Um medo que as mulheres, os homossexuais e os negros sofrem. Então, luto pelos direitos humanos. Todo mundo tem direito de ser livre, de amar quem quiser e de ser o que quiser. O que eu puder fazer para combater o preconceito, vou fazer”, afirmou. Nanda também elogiou a paciência, parceria e bom-humor de Lan Lanh.