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Política Transação de 60 mil reais está no centro da prisão de Milton Ribeiro pela Polícia Federal

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Prisão de Ribeiro foi determinada por causa de um suposto envolvimento em um esquema para liberação de verbas do MEC. (Foto: Reprodução/YouTube)

Preso pela Polícia Federal (PF) nesta quarta, o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro reuniu documentos para justificar o recebimento de R$ 60 mil do pastor Arilton Moura, também detido na operação sobre corrupção no Ministério da Educação.

Em fevereiro deste ano, a filha do ex-ministro, Miriam Ribeiro, vendeu um carro modelo Kia Sportage, modelo 2016, para a filha do pastor Arilton Moura, Victoria Amorim.

Nos sites de anúncios de carro desse modelo e ano, os valores pedidos são inclusive superiores aos registrados nos documentos. O negócio teve os trâmites exigidos pelo departamento de trânsito e os documentos já estão nas mãos da defesa do ex-ministro.

A transferência do dinheiro entre os personagens, por ora, é tratada pelos aliados de Ribeiro como o elemento que detonou o alerta dos investigadores e pode ter levado à prisão de Ribeiro.

Caso

A prisão de Ribeiro foi determinada pela Justiça por causa de um suposto envolvimento em um esquema para liberação de verbas do Ministério da Educação (MEC).

O ex-ministro é investigado por suspeita de corrupção passiva; prevaricação (quando um funcionário público “retarda ou deixa de praticar, indevidamente, ato de ofício”, ou se o pratica “contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal”); advocacia administrativa (quando um servidor público defende interesses particulares junto ao órgão da administração pública onde exerce suas funções); e tráfico de influência.

Em nota enviada à imprensa, os advogados de Milton Ribeiro defenderam que a prisão do ex-ministro “é injusta, desmotivada e indiscutivelmente desnecessária” e que “inexiste razão para a prisão preventiva editada”.

A investigação envolve um áudio no qual Ribeiro dizia liberar verbas da pasta por indicação de dois pastores, Gilmar Santos e Arilton Moura, a pedido do presidente Jair Bolsonaro.

“Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do [pastor] Gilmar”, disse o ministro no áudio.

Alguns prefeitos também denunciaram pedidos de propina – em dinheiro e em ouro – em troca da liberação de recursos para os municípios. Milton Ribeiro disse que pediu apuração dessas denúncias à Controladoria-Geral da União.

O ex-ministro já havia prestado depoimento à PF no final de março, quando confirmou que recebeu o pastor Gilmar a pedido de Bolsonaro. No entanto, ele negou que tenha ocorrido qualquer tipo favorecimento.

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