Sábado, 18 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 30 de dezembro de 2022
Esperança, alegria e confiança. São estes os principais sentimentos da maioria dos brasileiros em relação a 2023. Pesquisas realizadas pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) apontam que o otimismo em relação ao próximo ano é compartilhado por três a cada quatro pessoas no país e que sete a cada dez consideram que 2022 termina melhor do que começou.
Realizadas pelo Observatório Febraban e pela Radar Febraban, as duas pesquisas foram realizadas entre novembro e dezembro, com 3 mil pessoas nas cinco regiões do País.
“O Observatório Febraban mostra que a esperança é o principal sentimento em relação ao ano novo, sobretudo entre as mulheres. Também aponta perspectivas otimistas quanto à queda do desemprego, aumento do acesso ao crédito e do poder de compra, acompanhadas de uma atitude cautelosa em relação a taxa de juros e inflação/custo de vida”, apontou o sociólogo e cientista político Antônio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Ipespe.
Entre os entrevistados, 71% se disseram satisfeitos ou muito satisfeitos com a vida que vêm levando, enquanto 43% avaliaram que, no âmbito pessoal, 2022 chega ao fim melhor do que começou.
Para 76% dos ouvidos, as expectativas em relação ao próximo ano são positivas, enquanto 23% têm expectativas negativas. A crença na melhora da vida pessoal e familiar no novo ano é partilhada por 74% da população.
No âmbito econômico, a maioria dos entrevistados avalia que sua situação financeira já está se recuperando e mais da metade acredita que estará menos endividada. Quase quatro em cada dez entrevistados consideram que a recuperação da economia já está em curso e mais da metade deles acredita que o país estará melhor no próximo ano.
Otimismo
O novo ano chega renovando expectativas favoráveis, com sentimentos predominantemente positivos em relação à virada de ano (76%). Em todos os estratos sociodemográficos, a soma de sentimentos positivos em relação a 2023 passa de 70%, chegando a 85% entre os jovens de 18 a 24 anos e a 79% entre as mulheres.
As expectativas também são favoráveis em relação à vida pessoal e familiar no próximo ano. Entre os entrevistados, 74% creem que sua vida irá melhorar em 2023. Outros 11% imaginam que não haverá mudanças e 10%, mais pessimistas, acreditam numa piora.
A tendência também é de otimismo em relação à recuperação da situação financeira após a pandemia: 60% declaram que ela já está se recuperando, enquanto 23% vislumbram essa recuperação só depois desse ano. Poucos (9%) são os que avaliam que sua situação financeira não foi afetada e os mais pessimistas, que não vislumbram recuperação, somam apenas 3%.
A percepção de que a recuperação das finanças já está em curso (60%) apresenta oscilações importantes por faixa etária e escolaridade. Enquanto esse percentual é de 66% entre os de 18 a 24 anos, cai para 53% na faixa de 45 a 59 anos e 55% entre os que têm 60 anos ou mais.
O otimismo dos brasileiros também predomina em relação ao País, porém de modo menos expressivo do que em relação à vida pessoal e com dose de cautela. Mais da metade (55%) acreditam que em 2023 o Brasil vai melhorar. Na direção contrária, a piora do País é esperada por 26% dos pesquisados. Para 13% dos respondentes, vai permanecer igual.
Prevalece a opinião de que a economia só vai se recuperar a partir do próximo ano (45%). Pouco mais de um terço opinam que a economia já está se recuperando (39%). Uma parcela mais pessimista, que não enxerga perspectivas de recuperação econômica, é constituída por 8% dos respondentes.
Expectativa
Quase metade dos brasileiros (46%) acredita que o Governo Lula será ótimo/bom e outros 16% imaginam que será regular. Na outra ponta, pouco menos de um terço (31%) avalia que o novo Governo será ruim/péssimo.
Cerca de um terço dos respondentes (33%) acredita que o comportamento dos juros, do dólar e da bolsa de valores será o principal obstáculo a ser enfrentado pelo novo Governo. Já a falta de apoio do Congresso aparece em segundo lugar, com 16% das menções. Em terceiro lugar (14%) como entrave que pode prejudicar o bom desempenho do próximo governo aparecem as manifestações e falta de apoio da população.