Por Redação O Sul | 3 de dezembro de 2015
Sob protesto do corpo técnico da casa e de outros movimentos, o TCU (Tribunal de Contas da União) reelegeu por unanimidade os ministros implicados na Operação Lava-Jato para as funções de presidente e vice-presidente do tribunal. Aroldo Cedraz será presidente do TCU ao longo do próximo ano, e Raimundo Carreiro será o vice.
Nas últimas duas semanas, o corpo técnico do TCU organizou um movimento para tentar alterar a tradição do tribunal de reconduzir seu presidente e vice-presidente, o que foi em vão. Os ministros atrasaram a sessão em 2h e 20 minutos, ficaram reunidos nesse período e, em votação secreta ignoraram os apelos dos técnicos. Os nove titulares votaram a favor de Cedraz e Carreiro.
Ao fim do pleito, um grupo de quatro pessoas se postou de costas para o plenário. Um deles vestia uma camiseta com a inscrição “bolsonarianos”, em referência ao deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ). Outro manifestante carregava um boneco inflável que representava o juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Lava-Jato, como Super-Homem. Um grupo de auditores deixou o plenário como forma de protesto.
O filho do presidente do TCU, Thiago Cedraz, é investigado no Supremo Tribunal Federal por suspeita de recebimento de propina para influir nos processos no tribunal presidido pelo pai. Carreiro é formalmente investigado como suposto beneficiário de parte desta propina.
(AG)
