Domingo, 04 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 7 de maio de 2021
A EPTC teve que realizar um desvio na região, na manhã desta sexta, por causa do acúmulo de água na trincheira
Foto: EPTC/DivulgaçãoA trincheira da avenida Ceará, na Zona Norte de Porto Alegre, voltou a ficar alagada no início da manhã desta sexta-feira (07). O trânsito na região foi desviado pela EPTC (Empresa Pública de Transporte e Circulação).
O Dmae (Departamento Municipal de Água e Esgotos) informou que atuou para resolver emergencialmente o problema. “Assim que o problema foi identificado, técnicos foram ao local para averiguar o que causou a parada na estação de bombeamento. Por volta das 9h30min, as bombas foram religadas, e com 16 minutos de operação, a água já havia sido drenada e o trânsito liberado”, afirmou o órgão.
“A prefeitura agiu no local, nesta manhã, o problema foi reparado e as bombas voltaram a funcionar. Como já houve outro problema na semana passada, já acionamos a empresa executora que nos apresente um sistema mais seguro e estável. Mesmo com a situação de hoje sanada, vamos tentar identificar o que está causando o desarme do gerador, se há problema de automação e seguir o entendimento com a empresa”, explicou o diretor-geral do Dmae, Alexandre Garcia.
A informação preliminar é de que a caixa de entrada de energia da casa de bombas tenha sofrido uma pane e queimado devido às quedas constantes de energia elétrica na região. O objetivo agora é que, mais uma vez, a prefeitura possa acionar a garantia da obra à empresa que a executou, tentativa já realizada na semana passada, quando já foram registrados acúmulos de água.
Na semana anterior, houve um colapso do sistema de automação, quando duas bombas entraram em funcionamento ao mesmo tempo, gerando uma sobrecarga de energia elétrica, e a manutenção também foi realizada emergencialmente pelo Dmae.
A Estação de Bombeamento de Águas Pluviais da trincheira da Ceará foi construída para evitar acúmulos de água. O túnel está localizado abaixo do nível do Guaíba e há infiltrações decorrentes de água no subsolo, várzea do Rio Gravataí, tal como toda a região do aeroporto Salgado Filho. Assim, a estação possui duas bombas com vazão de 91 litros por segundo e outra reserva de 43 litros por segundo. Todos os dias, pelo menos uma das bombas trabalha constantemente para manter o local seco.
Trincheira
A construção da trincheira teve ordem de início em outubro de 2012, iniciando efetivamente em janeiro de 2013. As obras só foram concluídas em março de 2020 devido a problemas em projetos, pagamentos e revisão de itens para incluir sistema de bombas a fim de evitar alagamentos. Com isso, o valor das obras recebeu R$ 9,5 milhões de aditamento, aumentando de R$ 29,5 milhões para mais de R$ 39 milhões.