Quinta-feira, 09 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 7 de outubro de 2025
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nessa terça-feira (7) que um acordo para encerrar a guerra entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza “está muito próximo”. O conflito completou dois anos nesta terça.
Trump também garantiu que “fará todo o possível” para garantir que tanto Israel quanto o grupo terrorista palestino cumpram com os termos do acordo assim que as partes chegarem a um consenso e assinem o fim do conflito.
“Estamos muito próximos de chegar a um acordo no Oriente Médio. (…) Assim que um acordo sobre Gaza aconteça, vamos fazer todo o possível para certificar que todo mundo adira ao acordo”, afirmou Trump ao responder pergunta a jornalistas ao lado do premiê canadense, Mark Carney.
Esta não é a primeira vez que Trump falou algo assim sobre o possível fim da guerra em Gaza. O presidente americano afirmou que estava “muito perto” de um acordo sobre o conflito horas antes de anunciar, ao lado do premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, sua proposta de paz de 20 pontos na segunda-feira da semana passada. Trump ficou ainda mais otimista na última sexta-feira, quando o Hamas anunciou aceitar libertar todos os reféns israelenses de uma só vez.
A fala de Trump ocorre em um momento em que negociadores de Israel e Hamas realizam negociações indiretas no Egito para finalizar o conflito nos moldes do plano de Trump. Israel concordou com a proposta, porém oferece certa resistência em alguns pontos. Já o Hamas disse que concorda em libertar todos os reféns, vivos e mortos, porém pediu mais discussões sobre os demais termos.
Ao mesmo tempo, Israel e Hamas adotam cautela sobre as negociações no Egito, porque neste momento há pouco consenso e uma desconfiança mútua que podem fazer as tratativas ruírem. Trump mencionou um esforço para garantir que todos cumpram com um eventual acordo porque Israel já não aderiu a sua orientação de que Israel teria que parar imediatamente com os bombardeios em Gaza, dada após a sinalização positiva do Hamas.
Um alto funcionário do Hamas afirmou nesta terça que seus negociadores estão “trabalhando para superar todos os obstáculos para chegar a um acordo” para encerrar o conflito nas negociações no Egito, porém fez uma série de exigências. O Hamas também disse nesta terça que o ataque terrorista de 7 de Outubro de 2023 foi uma “resposta histórica” a Israel pelo que chamou de ocupação ilegal dos territórios palestinos —uma nova provocação ao governo Netanyahu.
Na manhã de 7 de outubro de 2023, terroristas do Hamas invadiram o sul de Israel e realizaram assassinatos em massa de israelenses. Cerca de 1.200 morreram, e 251 foram levados como reféns para a Faixa de Gaza. Segundo Israel, 48 deles continuam sob poder do Hamas, dos quais 20 estão vivos e o restante, morto.
Assim como faz em diversas ocasiões, o governo israelense relembrou nesta terça o horror do ataque terrorista de 7 de outubro. Centenas de autoridades mundiais voltaram a repudiar o ataque de 7 de Outubro e pedir a soltura dos reféns israelenses sob poder do Hamas.
Desde o início do conflito em Gaza, a ofensiva israelense gerou uma destruição generalizada do território, uma grave crise humanitária entre os palestinos, com a prática de genocídio e a situação de fome generalizada, segundo agências independentes ligadas à ONU. Mais de 67 mil palestinos foram mortos e quase 170 mil ficaram feridos, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas —essa contagem é chancelada pela ONU.