Sexta-feira, 10 de outubro de 2025

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Mundo “Trump não é muito de amor à primeira vista”: o que está por trás da química entre Lula e o líder americano

Compartilhe esta notícia:

Os presidentes conversaram por telefone por quase 30 minutos. (Foto: Reprodução)

Foram quase 30 minutos de conversa na segunda-feira (6): o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu a derrubada do tarifaço e o fim das sanções a autoridades brasileiras; já o presidente americano Donald Trump, em sua rede, disse ter “gostado da ligação” e que os países “se darão muito bem”. Após meses de tensão, tom foi cordial, com trocas de elogios e até brincadeiras sobre a idade.

Trump chegou a dizer a Lula que os EUA “estão sentindo falta” do café brasileiro. O produto acumula forte inflação nos EUA e a tarifa imposta sobre a produção brasileira está agravando o cenário, já que o Brasil é o maior fornecedor do mercado americano.

Para o professor de Relações Internacionais Leonardo Trevisan, da ESPM, o sucesso do contato não veio do acaso. Foi fruto de uma diplomacia discreta e pragmática, que evitou retaliações e mobilizou empresários, militares e setores produtivos de ambos os países.

O lobby do café, por exemplo, teve papel estratégico: o aumento de tarifas encareceu o produto nos EUA e pressionou o governo americano.

“Trump não é muito de amor à primeira vista, mas ele achou melhor fazer esse amor à primeira vista em relação ao Lula. E o teatro foi muito bem montado”, disse Trevisan.

“É um momento de degelo. O grande comunicado para eles foi: ‘vocês são superavitários conosco’. E o comunicado mais forte foi: ‘Vocês vão perder’.”

Para Trevisan, o Brasil acertou em acionar empresários americanos influentes à Casa Branca com o recado de que encarecer o café seria um erro político e econômico, já que o produto move o consumo cotidiano nos Estados Unidos.

“Café é um impulsionador de consumo. Você para no bar para tomar um café, mas compra muitas outras coisas. Então, o café não podia ficar muito caro.”

Nos bastidores, o Itamaraty tratou o telefonema como “evolução significativa”: Lula e Trump trocaram telefones pessoais, reabrindo canais que estavam travados e dando um passo calculado rumo a um encontro presencial.

Daqui para frente, a conversa sai do palco e entra no quadro técnico: do lado brasileiro, Geraldo Alckmin; do lado americano, Marco Rubio. O secretário de Estado é conservador e “defende sanções duras a governos alinhados à esquerda”, mas, como nota Trevisan, “a diplomacia está apostando que agora, com a ordem de Trump, a postura de Rubio possa mudar”.

 

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Mundo

Trump pode ganhar o Prêmio Nobel da Paz de 2025 nesta sexta? Especialistas opinam
Tarifaço: Lula diz que secretário de Estado de Trump telefonou para o ministro das Relações Exteriores do Brasil e afirma que espera avanços na negociação com os Estados Unidos
https://www.osul.com.br/trump-nao-e-muito-de-amor-a-primeira-vista-o-que-esta-por-tras-da-quimica-entre-lula-e-o-lider-americano/ “Trump não é muito de amor à primeira vista”: o que está por trás da química entre Lula e o líder americano 2025-10-09
Deixe seu comentário
Pode te interessar