Por Redação O Sul | 30 de setembro de 2025
Um tubarão mako foi avistado a poucos metros da faixa de areia na praia de Vila, em Imbituba, no Litoral Sul de Santa Catarina, na última segunda-feira (29). Considerado o mais rápido entre os tubarões, a espécie pode atingir até 70 km/h.
Segundo o professor e curador do Museu Oceanográfico da Univali, Jules Soto, a espécie leva o nome científico de Isurus oxyrinchusos e os riscos de incidentes com humanos são baixos. Mais comuns em águas profundas, eles podem se aproximar da costa.
“Alguns chegam até águas rasas sim, mas não é muito comum porque ele é um tubarão mais oceânico. E não há registros de ataques, não tem por que das pessoas se alarmarem. O Isurus gosta muito de comer peixes de tamanho médio. Então, provavelmente, está ali pescando. Só isso, mas é um tubarão que assusta”, disse.
Ao NSC Total, a bióloga marinha Suelen Santos, responsável pelo projeto Educamar, explicou que o animal possivelmente se trata de um tubarão da espécie Isurus oxyrinchus, também conhecido como anequim ou tubarão-mako. Considerado o tubarão mais veloz do mundo, a fêmea pode chegar a 4,5 metros e pesar cerca de 600 quilos.
Segundo a especialista, os moradores da região não precisam se preocupar, já que não há registros de incidentes ou ataques dessa espécie no estado. Ainda assim, o ideal é que, ao perceber a presença do animal na costa, não entrar na água para evitar incidentes. O anequim costuma se alimentar de tartarugas, golfinhos e cefalópodes.
A presença do animal, no entanto, não é incomum. “Já houve registros no litoral catarinense, inclusive nas praias do Sul. Essa é uma espécie que vive em águas mais profundas, mas ocasionalmente pode surgir próxima da costa”, acrescentou Suelen.
O responsável pelo registro, o filmmaker Higor Carvalho, contou que o tubarão permaneceu apenas alguns minutos perto da faixa de areia, antes de seguir em direção ao alto-mar. Ele estima que o animal media cerca de dois metros.
Espécie
Em novembro de 2023, quando a cabeça de um tubarão mako foi encontrada em Florianópolis, o Projeto de Extensão do Laboratório de Biologia de Teleósteos e Elasmobrânquios da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) detalhou que os tubarões makos se alimentam de atuns, marlins e outros tubarões.
Diferentemente da maioria dos outros tubarões, o mako consegue deixar o sangue mais quente do que a temperatura da água, mantendo os músculos aquecidos e prontos para a ação, além de permitir que esse tubarão possa explorar ambientes mais frios e profundos em busca de alimento.
Orientações
Veja a seguir o que fazer ao encontrar um animal marinho na praia. A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola Estadual (Cidasc) divulgou orientações sobre como as pessoas devem proceder ao encontrar animais marinhos:
– evite contato direto com animais marinhos, principalmente lobos e leões-marinhos;
– ao encontrar esses animais feridos ou descansando nos costões ou praias, não se aproxime;
– se o animal estiver morto, avise a Cidasc pelo telefone 0800-644-9300 ou chame a Polícia Ambiental.
