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Mundo Turquia ignora o Brasil e autoriza que porta-aviões brasileiro atraque no país

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O porta-aviões NAe São Paulo tem motivado protestos de ambientalistas por causa da alta quantidade de amianto na embarcação. (Foto: Divulgação/Marinha)

O Ministério do Meio Ambiente, urbanização e Mudanças Climáticas da Turquia autorizou que o porta-aviões São Paulo, que deixou o Brasil na última quinta-feira (11), seja atracado e desmanchado em um estaleiro do país, na cidade de Izmir. De acordo com a imprensa turca, a embarcação já tem data para chegar: 9 de setembro.

O navio foi vendido em um leilão por R$10,5 milhões a um estaleiro da Turquia há um ano. O porta-aviões deixou o cais do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), mesmo com uma decisão judicial que impedia o deslocamento da embarcação.

“Não aceitamos que o ministério permita que o navio navegue. O povo de Izmir não quer o navio que colocará em risco a saúde de mais de 4 milhões de pessoas. Esperamos que o ministério tome as medidas necessárias para devolver o navio sem entrar nas águas territoriais do nosso país”, afirmou o deputado turco Ednan Arslan, membro da Comissão Parlamentar de Meio Ambiente.

O porta-aviões São Paulo foi rebocado pela empresa holandesa Alp Center, segundo a imprensa da Turquia. O destino final da embarcação deve ser o estaleiro Sok Denizcilikve Tic, especializado no desmonte de navios desativados.

“Ninguém deve esquecer que essa interação afetará diretamente a natureza, o meio ambiente, nossos mares e a vida humana, e que essa interação terá resultados irreparáveis. O navio serviu as marinhas de guerra por 50 anos. Ele também contém outras substâncias tóxicas e perigosas, como amianto e chumbo. Além disso, ele é um navio de guerra nuclear, corre o risco de ter radiação aprisionada em suas placas”, afirmou Arslan.

Fora do território 

Com a confirmação de que o porta-aviões já está fora do território brasileiro, mesmo após a liminar que ordenava o seu retorno à Baía de Guanabara, onde ficava ancorado, as partes interessadas acionaram autoridades internacionais na esperança de que o navio volte ao Brasil.

As embaixadas da Turquia, da Holanda e das Ilhas Marshall foram comunicadas da situação do navio e sobre a decisão judicial. Os dois últimos porque a rebocadora que está realizando o transporte é de uma empresa holandesa, mas está registrada nas Ilhas Marshall.

A Interpol também foi comunicada, na esperança de haja alguma atuação quando o porta-aviões passar por algum porto.

Protestos

Enquanto isso, grupos ambientalistas do exterior se manifestaram contra a ida da embarcação à Turquia, por causa da alta quantidade de amianto, substância tóxica e cancerígena, que está presente no seu interior.

Os manifestantes disseram que a chegada da embarcação violaria tratados internacionais, como a Convenção de Basileia, que tratou de regras para exportações de amianto, a Convenção de Barcelona, que versou sobre poluição no Mar Mediterrâneo, e o Protocolo Izmir, sobre lixo nuclear.

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