Colunistas Uber versus atraso
Por Redação O Sul | 27 de novembro de 2015
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A violência física contra motoristas do aplicativo Uber em Porto Alegre apenas reproduz o inconformismo da política do atraso com os avanços tecnológicos, que abrem novos horizontes para as pessoas, libertando-as do jugo do corporativismo. O discurso de figuras retrógradas, que se rebelam contra o progresso, estimulam motoristas do serviço caro e de má qualidade a escolherem o caminho da violência. Essa é a tática dos ignorantes (poucos, felizmente) para enfrentar o novo e atingir criminosamente seus colegas do serviço de melhor qualidade, mais barato até e acessível de qualquer lugar. Pode ser acionado do alto de um edifício, do subsolo de uma loja, de qualquer lugar, sem necessidade de exposição mais longa à violência das ruas de uma cidade assaltada pela bandidagem.
Um motorista agredido covardemente no Carrefour, por longos dez minutos, sem qualquer socorro, postou nas redes sociais, na manhã dessa sexta-feira (27), que está em observação médica, sem poder dormir nas próximas 24 horas, devido à suspeita de leve traumatismo craniano. Também fala com certa dificuldades, porque sente dor. Teve diversos ossos quebrados. O carro, também atacado, arranhado, amassado, destruído em grande parte, é o de menos. Não que seja pouco e nem que não deva existir indenização.
Os agressores foram presos em flagrante, acusados de tentativa de homicídio e encaminhados ao Presídio Central. Mas logo estarão soltos, porque aqui é o Brasil das leis frouxas. Não é de duvidar que recebam a solidariedade da política do atraso, porque, para esses, que usam carro oficial, o serviço tradicional é mais importante, devido ao sindicato e sua pretensa força política. Ainda não caíram na real. Não se deram conta de que, desde o crescimento das redes sociais, acabou o monopólio da pressão.
Felizmente o tempo avançará de modo inexorável. Mais dias, menos dias, todos vamos testemunhar a derrota do atraso, como já ocorreu em outros episódios que visavam a atravancar o progresso, para favorecer minorias. As figuras do atraso têm rosto e nome. Memorize-os para a boa luta a ser travada silenciosamente nas urnas. Não há reação mais poderosa que se possa exercer contra essa gente. Não há resposta mais eloquente do que lhes garantir tempo livre para refletir sobre Porto Alegre… (Clesio Boeira.)
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
