Sábado, 28 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 30 de agosto de 2022
O governo da Ucrânia anunciou ter iniciado uma contraofensiva para recuperar o controle de cidades e povoados no sul do país, a região que a Rússia conquistou de forma mais veloz e agressiva desde o início da invasão ao país vizinho, em 24 de fevereiro.
O objetivo da missão é recuperar principalmente pontos estratégicos do território ucraniano no sul dominado pelos russos, como as cidades de Mariupol e Kherson.
Forças ucranianas lançaram foguetes na cidade de Nova Kakhovka, que está ocupada pelos russos, deixando-a sem água ou energia, disse a autoridade local (um aliado dos russos) à agência de notícias RIA. A cidade fica a leste de Kherson.
Segundo o Comando Militar do Sul, mais de dez depósitos de munição da Rússia em cidades no sul da Ucrânia já foram destruídos, o que “enfraqueceu definitivamente o inimigo”. O resto da operação segue em sigilo.
A Ucrânia tem falado sobre a contraofensiva há cerca de dois meses, desde que a guerra no país entrou em uma nova fase, na qual, segundo especialistas a Rússia começou a diminuir o ritmo dos ataques e se preparar para uma guerra de longa duração, focando em estabelecer seu poder em cidades e regiões já conquistadas.
Já Kiev, abastecida com armas e artilharia enviadas constantemente por países europeus e os Estados Unidos, começou a avançar no plano de reconquistar seus territórios.
Mariupol
Mariupol, entre a fronteira da Rússia com a Ucrânia e a península da Crimeia, é um dos grandes focos da contraofensiva. A cidade portuária foi a mais devastada até agora pelas forças russas, que entraram de forma ostensiva já começo da ofensiva de Moscou. Sua posição geográfica a tornou uma das áreas mais estratégicas para o governo do presidente russo, Vladimir Putin. Além disso, Mariupol tem um dos maiores portos da Europa Oriental, o que garantiria a Moscou uma via de saída para navios cargueiros.
Inspeção
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) enviou à Ucrânia, na segunda (29), uma equipe para inspecionar a usina de Zaporíjia, onde crescem os temores quanto a um desastre nuclear. Moscou e Kiev trocam acusações de ataques e bombardeios nas proximidades da maior usina nuclear da Europa.
A AIEA disse que a missão avaliará danos físicos nas instalações, além de examinar as condições dos funcionários ucranianos que ainda trabalham no local. O objetivo é determinar a “funcionalidade da segurança e dos sistemas de proteção”, além de realizar “atividades urgentes de garantia de segurança”.
A Rússia afirmou que um míssil ucraniano perfurou o teto de um depósito de combustíveis no local. O Ministério russo da Defesa disse que suas tropas abateram um drone ucraniano que tentava realizar um ataque, mas que não houve danos graves, e que os níveis de radiação estavam dentro do normal. A Ucrânia nega ter atacado a usina.