Quarta-feira, 25 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 7 de abril de 2023
Os líderes da Ucrânia discutiram maneiras de evitar vazamentos de informações militares nesta sexta-feira (7), depois que apareceram nas redes sociais documentos secretos detalhando os esforços dos Estados Unidos e da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) para ajudar o país a planejar uma contraofensiva à invasão da Rússia.
O jornal The New York Times havia informado na quinta-feira (6), citando funcionários do governo dos EUA, que documentos sigilosos de guerra foram publicados esta semana no Twitter e no Telegram, que é amplamente usado na Rússia.
Uma autoridade ucraniana disse à agência de notícias Reuters que os documentos continham uma “grande quantidade de informações fictícias” e que o vazamento parecia uma operação de desinformação russa para semear dúvidas sobre a ofensiva, que requer armas ocidentais avançadas.
“Este é o padrão de jogos operacionais da inteligência russa. E nada mais”, disse o conselheiro presidencial da Ucrânia Mykhailo Podolyak, em um comunicado por escrito. O Kremlin não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
O anúncio feito pelo gabinete presidencial nesta sexta-feira na sede ucraniana do comando supremo das forças armadas, com a presença do presidente Volodymyr Zelenskiy, não fez nenhuma menção ao vazamento.
“Os participantes da reunião se concentraram em medidas para evitar o vazamento de informações sobre os planos das forças de defesa da Ucrânia”, afirmou.
Documentos alterados
A Rússia ou elementos pró-Rússia provavelmente estão por trás do vazamento dos vários documentos militares secretos dos Estados Unidos publicados nas redes sociais, disseram três autoridades norte-americanas à Reuters nesta sexta-feira.
Os documentos parecem ter sido alterados para baixar o número de mortes sofridas pelas forças russas, disseram autoridades dos EUA, acrescentando que suas avaliações eram informais e separadas de uma investigação sobre o vazamento.
As autoridades dos EUA falaram sob condição de anonimato por causa da sensibilidade do assunto e se recusaram a discutir os documentos em detalhes.
O Pentágono se recusou a comentar sobre a autenticidade dos documentos circulando em serviços como Twitter e Telegram, que são datados de 1º de março e trazem marcas mostrando que foram classificados como “Secretos” e “Ultrassecretos”.
“Estamos cientes dos relatos de publicações nas redes sociais, e o Departamento (da Defesa) está revisando o assunto”, disse a porta-voz do Pentágono, Sabrina Singh. As informações são da agência de notícias Reuters.