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Brasil Um ano após a tragédia com o voo da Chapecoense, o jogador Alan Ruschel afirma: “A cicatriz da alma é a que mais dói”

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Alan Ruchel foi um dos sobreviventes da tragédia com o voo da Chapecoense. (Foto: Reprodução)

Após sobreviver a uma das maiores tragédias do futebol, Alan Ruschel teve uma surpreendente recuperação, voltou aos gramados e um ano depois do acidente aéreo que tirou a vida de 71 pessoas, falou ao LANCE! sobre suas lembranças, sonhos, saudades, marcas, amizade e a superação. “O que dói é a cicatriz da alma. Isso ainda é o que mais me machuca”, desabafou.

“Lembro de acordar no hospital e me deparar com aquilo ali que estava acontecendo. Meio perdido, sem saber o que realmente tava acontecendo. Aos pouco fui descobrindo… Foi um dos piores dias da minha vida! O pior dia da minha vida”, relembra, Alan.

O acidente teve apenas 6 sobreviventes. Uma comissária de bordo, a boliviana Ximena Suarez, o técnico da aeronave Erwin Tumiri, o radialista Rafael Henzel e os jogadores da Chapecoense Jakson Follmann, que teve a perna amputada, o zagueiro Neto, que segue em recuperação, e Alan Ruschel. Os quatro brasileiros voltaram para Chapecó e o lateral considera esse momento importante para seus sonho:

“Voltar para Chapecó na verdade foi um momento especial”, declara. “ Logo depois de tudo o que aconteceu. Ter voltado para Chapecó, ficado no hospital e depois ido para casa me recuperar… Depois disso, a volta para Chapecó foi para realizar um sonho de novo. O sonho de ser um atleta de novo, de poder voltar a jogar, de honrar aqueles que acabaram indo”, conta, Ruschel.

A recuperação física foi o principal destaque de Alan Ruschel nesse um ano, mas a psicológica também merece atenção. O lateral conta que foi a consultas com psicólogo ao lado de sua noiva e que buscou nela, na família e em Deus, para amenizar a dor das perdas:

“Eu fui arrumando outras formas de me recuperar psicologicamente. A minha mulher foi algumas vezes ao psicólogo. Ela tem acompanhamento psicológico até hoje. Ela passou por momentos difíceis na colômbia junto com outros familiares”, relembra Alan Ruschel. “Junto com ela, com a força dela, da minha família e de Deus, fui conseguindo me recuperar”, completa.

Ao fazer uma análise desse período de um ano após o acidente, Alan fala sobre o milagre de sobreviver e se recuperar tão rapidamente, e a importância de seguir a vida, mesmo após as perdas:

“A minha vida precisa continuar. Eu graças a Deus fiquei vivo. Foi um milagre de Deus. Tenho uma família que depende de mim, pessoas que dependem da minha profissão. Eu tô feliz por esse momento que estou vivendo hoje. Deus me abençoou para eu poder voltar. Me deu uma segunda chance e eu tô procurando aproveitar da melhor maneira possível”, finalizou.

Alan Ruschel foi um dos padrinhos do casamento de outro sobrevivente do acidente, o Jakson Follmann. A amizade dos dois, no entanto é relação de longa data:

“Eu e Follmann temos uma amizade a mais de 10 anos. Nos conhecemos lá no Juventude. A gente carrega uma amizade muito verdadeira. Não foi atoa que fui escolhido para ser o padrinho do casamento dele e ele vai ser o padrinho do meu casamento também”, explica. “É uma amizade verdadeira, que foge do mundo do futebol, foge desse mundo que a gente vive. É um cara que eu amo muito. Tenho uma consideração gigante por ele. Um sentimento recíproco e verdadeiro”, acrescentou.

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https://www.osul.com.br/um-ano-apos-tragedia-com-o-voo-da-chapecoense-o-jogador-alan-ruschel-afirma-cicatriz-da-alma-e-que-mais-doi/ Um ano após a tragédia com o voo da Chapecoense, o jogador Alan Ruschel afirma: “A cicatriz da alma é a que mais dói” 2017-11-29
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