Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 29 de novembro de 2017
O trabalho dos astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional é árduo, com jornadas de dez horas diárias; o descanso é prejudicado pelos 16 “dias e noites” em 24 horas; a alimentação não é das mais saborosas, mas todas as dificuldades são compensadas pela vista espetacular do planeta.
No mês passado, o comandante da Estação Espacial Internacional, Randy Bresnik, realizou a quinta caminhada espacial de sua carreira, para fazer um reparo num braço robótico e a instalação de uma nova câmera no equipamento, e nesta semana publicou um vídeo produzido por ele durante o trabalho.
“Às vezes, durante uma caminhada espacial, você precisa tirar um momento para apreciar a beleza do nosso planeta Terra”, escreveu Bresnik, no Twitter.
Em pouco tempo, o vídeo alcançou 27 mil curtidas e foi compartilhado mais de 12 mil vezes. “Um planeta tão pacífico. É difícil pensar que um lugar como esse tenha tantos problemas, tantas frustrações”, escreveu um internauta. “Nossos líderes deveriam ver essa vista maravilhosa. Haveria paz no mundo”, escreveu outro.
Bresnik chegou à Estação Espacial Internacional em julho deste ano, junto com o cosmonauta russo Sergey Ryazanski e o italiano Paolo Nespoli, da Agência Espacial Europeia. Ele comanda a 53ª Expedição até dezembro, quando deve retornar à Terra.
Bactérias que vieram do espaço
Segundo o cosmonauta Anton Shkaplerov, foram encontradas bactérias oriundas “do espaço” na parte externa da Estação Espacial Internacional (ISS). Ele conta que cosmonautas coletaram amostras com cotonetes na parte externa da ISS e as enviaram para a Terra.
A revista “Newsweek” pediu que a Nasa (a agência espacial norte-americana) comentasse a fala do cosmonauta russo, mas não obteve resposta até o momento.
A declaração de Shkaplerov, por si só, não é suficiente para se concluir que foi descoberta vida extraterrestre. A ISS está em órbita há cerca de duas décadas e há várias maneiras pelas quais bactérias terrestres podem tê-la contaminado.
Mesmo as melhores técnicas de esterilização são incapazes de remover todos os vestígios de vida terrestre quando ocorre o lançamento em terra, destaca a “Newsweek”. É por isso que a Nasa teve o cuidado de destruir a sonda espacial Cassini, fazendo-a cair em Saturno em vez correr o risco de ela colidir com a lua Encélado, considerada potencialmente habitável.
É também por isso que, quando a Nasa seleciona os locais de desembarque de uma futura aterrissagem em Marte, ela descarta locais onde as bactérias terrestres poderiam proliferar.
A esterilização na ISS é complicada e, como qualquer lugar habitado por humanos, é repleta de bactérias – aliás, sabe-se que elas habitam a atmosfera a milhares de metros de altitude.