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Mundo Um a cada oito eleitores de Trump não votaria novamente nele

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Eleitorado do atual presidente começa a corroer, mas maioria ainda se mantém fiel. (Foto: Saul Loeb/AFP)

Uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira (20), data em que se completam seis meses do presidente americano Donald Trump no poder, indica que um a cada oito eleitores do republicano afirma não ter certeza se votaria nele novamente, levando em conta as medidas e posicionamentos adotados pelo bilionário nesse período.

Enquanto a maioria das pessoas que votaram em Trump em 8 de novembro do ano passado disse que o apoiaria outra vez, a corrosão de seu apoio em seu eleitorado majoritariamente branco, mais velho e descontente começa a se impor como um possível desafio para ele. Trump, que venceu o cargo na Casa Branca com pequena margem de diferença, precisa de cada apoiador para avançar com sua agenda política em um Congresso dividido e tentar um segundo mandato em 2020.

A pesquisa conjunta Reuters/Ipsos entrevistou eleitores que tinham afirmado voto a Trump no dia da eleição presidencial no ano passado. Enquanto outras sondagens tem avaliado o nível de reprovação entre apoiadores do republicano, a pesquisa desta quinta-feira mostra quantos iriam ao ponto de mudar suas posições. A consulta foi realizada primeiramente em maio e, depois, novamente em julho.

Na sondagem de julho, 12% dos entrevistados disseram que não votariam em Trump “se a eleição presidencial de 2016 fosse hoje”; 7% alegaram que “não sabem” o que fariam e outros 5% afirmaram que apoiariam um dos outros candidatos à presidência do ano passado ou não votariam.

De acordo com a Reuters/Ipsos, 88% disseram que votariam em Trump novamente, uma ligeira melhora sobre o número de maio (82%). Juntas, as consultas sugerem que a posição de Trump com sua base melhorou ligeiramente nos últimos meses, apesar das repetidas derrotas do Partido Republicano em rever o sistema de saúde e várias investigações federais e no Congresso sobre possíveis ligações de sua campanha com a Rússia.

Historicamente, a maioria dos presidentes perde apoio de seus partidários quanto mais ficam na Casa Branca. Segundo o serviço de pesquisa Gallup, foi o caso do antecessor Barack Obama. Ele viu sua popularidade diminuir entre democratas e eleitorados menores, mas bem mais tarde em sue primeiro mandato.

A minoria que já renega um novo voto para Trump deu várias justificativas para mudar de posicionamento. Alguns se disseram cansados de seus ataques diários contra democratas, mídia e o Judiciário. Outros estão desapontador com o fato de a gestão de Trump ainda não ter expulsado imigrantes ilegais de suas comunidades. E há ainda aqueles que dizem que o presidente não acabou com a desconfiança e hiperpartidarismo em Washington como esperavam.

Eleitores desencantados

Especialistas em política americana afirmam que é sensato uma figura política transformadora como Trump conseguir reter um alto nível de lealdade de seus eleitores, independentemente das notícias negativas em torno da Casa Branca. Eles afirmam que os ventos políticos não mudam rapidamente em uma economia forte, sobretudo quando muitas das decisões do presidente ainda precisam se enraizar.

“As pessoas ainda estão investindo nas escolhas que fizeram”, afirma Larry Sabato, diretor do Centro de Política da Universidade de Virgínia. “Eles não querem admitir que estão errados. Pelo menos ainda não.”

Elaine Kamarck, especialista em política eleitoral nos Estados Unidos do Brookings Institution, afirma que a redução na base de Trump poderia certamente prejudicar suas chances de reeleição, ainda que seja cedo para afirmar algo a respeito do assunto. A questão mais importante é se ele vai perder apoio onde conta, em estados decisivos que ele teve dificuldade em ganhar no ano passado.

“Se esses eleitores desencantados com Trump estão na Califórnia, não importa”, afirma Kamarck. “Se eles moram em Wisconsin, Michigan ou Pensilvânia, isso importa.”

Política de camiseta

“Se eu tivesse que andar por aí com uma camiseta dizendo em quem eu votei, eu teria votado de outra forma”, disse Beverly Guy, de 34 anos, eleitor de Trump que participou da pesquisa em julho. Se o pleito ocorresse hoje, Guy disse que teria votado pelo candidato Gary Johnson, do Partido Libertário.

Outro entrevistado, Brian Barnes, afirma que mantinha sua escolha de votar em Trump. Ele pensa que a mídia se concentra muito na investigação sobre a Rússia e não o bastante sobre as conquistas de Trump:

“Acho que ele está fazendo tudo o que pode, mesmo que os republicanos na Câmara e no Senado estejam criando muitos problemas”, afirma Barnes, citando as barreiras à proposta de reformulação do sistema público de saúde.

A Reuters/Ipsos ouviu 1.296 pessoas em julho, incluindo 541 eleitores de Trump, enquanto a consulta de maio reuniu depoimentos de 1.206 pessoas, incluindo 543 apoiadores do republicano. (AG)

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https://www.osul.com.br/um-cada-oito-eleitores-de-trump-nao-votaria-novamente-nele/ Um a cada oito eleitores de Trump não votaria novamente nele 2017-07-20
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