Terça-feira, 13 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 21 de junho de 2019
Um dos filhos da deputada Flordelis (PSD) contou na quinta-feira (20) à Polícia Civil que suspeita do envolvimento da mãe e de três irmãs na morte do pai, o pastor Anderson Carmo, morto a tiros no último domingo (16). Segundo o jovem, uma delas ofereceu R$ 10 mil ao irmão Lucas dos Santos para matar o pastor.
Procurada, a deputada afirmou por meio da assessoria que não irá se pronunciar sobre o assunto.
O rapaz, que não teve a identidade revelada, disse que a mãe e três irmãs colocavam remédio na comida do pai e que isso seria a causa de seus problemas de saúde. Ele contou também que Anderson mostrou uma ameaça de morte que tinha recebido em fevereiro.
O jovem afirmou ainda que o irmão Lucas recebeu proposta de R$ 10 mil de uma das irmãs para matar Anderson. Lucas não estava na casa no momento do crime, mas teria comprado a arma usada no assassinato.
No depoimento, o filho disse que não houve barulho, confusão e nem moto em fuga no momento da morte. Ele afirmou que viu o irmão Flávio, que confessou ter dado seis tiros no pai, ao lado do corpo ensanguentado, recolhendo uma mochila de couro e o telefone celular do pastor. O aparelho foi entregue para a mãe Flordelis, segundo o depoimento.
Os policiais ainda não encontraram os celulares de Flordelis, do pastor e de Flavio. Também não acharam a mochila.
Segundo o filho, Flordelis teria afirmado que “a hora do pai estava chegando”. Ele descreveu o comportamento desesperado dos parentes no velório como “teatro”.
Na quinta-feira (20), a Justiça do Rio de Janeiro aceitou o pedido da Polícia Civil e determinou a prisão temporária de Lucas e Flávio. O pedido foi feito ao Judiciário após os investigadores realizarem uma acareação entre Flávio e Lucas.
Investigação
A polícia apura se o assassinato do pastor Anderson do Carmo, marido da deputada federal Flordelis, teve mais de uma motivação, além de questões familiares, como revelou a delegada Barbara Lomba, titular da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo, em entrevista nesta sexta-feira (21).
Todas as pessoas que estavam na casa no dia do crime estão sendo investigadas, inclusive a deputada Flordelis, segundo os investigadores.
“Não podemos descartar ninguém que estava próximo da cena do crime. Provavelmente, a motivação do crime é relacionada a uma questão que envolve a família, mas não se sabe de que natureza. Tudo indica que tem relação com as relações familiares, quem convivia com a vítima”, disse a delegada Barbara Lomba.
Flávio dos Santos confessou o crime e disse ter dado seis tiros no padrasto. Ele disse ainda que irmão Lucas ajudou a comprar arma usada no crime.