Rio Grande do Sul A prefeitura de Porto Alegre prorrogou a “Festa do Pêssego” até o fim do mês
Por Redação O Sul | 6 de dezembro de 2019
Transferida neste ano da Zona Sul para o Largo Glênio Peres (Centro Histórico), a 35ª “Festa do Pêssego” de Porto Alegre obteve vendas expressivas da fruta e de produtos derivados. Por esse motivo, a prefeitura da capital gaúcha prorrogou o evento até o dia 31 deste mês. O cronograma original previa sua realização entre dias 15 e 24 de novembro.
A decisão foi tomada pela SMDE (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico) em conjunto com os produtores. Ao todo, a expectativa dos produtores é comercializar até 70% da safra de pêssego deste ano – que deve totalizar 125 toneladas, 4% maior do que a de 2018. Até o ano passado, quando era realizado na Zona Sul, a Festa do Pêssego escoava, no máximo, 30% da safra total. O restante era vendido aos supermercados e às Ceasas (Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul).
“Vendendo direto ao consumidor final, sem intermediários, o produtor obtém melhores margens de rentabilidade e mais autonomia para escoar a colheita. Já o comprador tem a oportunidade de acessar pêssegos de alta qualidade direto do pé”, explica o coordenador de Fomento de Atividades da SMDE, Oscar Peliciolli.
Ainda segundo ele, no evento é possível encontrar o quilo do pêssego médio a um preço aproximado de R$ 5. Já o valor do pêssego grande varia de R$ 8 a R$ 10, dependendo da qualidade e da apresentação. Na média, o produtor recebia apenas 50% desse valor ao comercializar a fruta para grandes distribuidores.
“Para nós, produtores, a mudança para o Centro Histórico foi muito benéfica”, garante o produtor Tiago Bertacco. “Espero que, no próximo ano, possamos estar de volta aqui no Largo Glênio Peres para mais uma temporada de boas vendas.”
Na avaliação do titular da SMDE, Eduardo Cidade, relatos como esse atestam que a mudança da “Festa do Pêssego” se mostrou acertada: “Colocamos a safra na vitrine, junto ao Mercado Público, em um local por onde passam milhares de pessoas por dia. Já estamos analisando a possibilidade de estender ainda mais a presença das bancas de pêssego no centro da cidade”.
Conforme Cidade, o objetivo da mudança de “endereço” da Zona Sul para o Centro Histórico foi valorizar a Festa é dar ainda mais evidência à cultura do pêssego – atividade que ocupa pelo menos 20 hectares na zona rural da cidade. (Marcello Campos)
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