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Mundo Um homem de 52 anos que foi abusado sexualmente quando era criança por um padre mexicano entrou com uma ação contra o Vaticano

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É preciso ficar atento aos sinais que as vítimas podem apresentar. (Foto: Reprodução)

Um homem originário da Califórnia (EUA), que afirma ter sido vítima de abuso sexual por um padre nos Estados Unidos entre os anos de 1979 e 1984, decidiu processar o Vaticano por acobertar o caso de pedofilia. Manny Vega, ex-policial e fuzileiro naval de 52 anos, disse na quinta-feira (4) que está buscando a verdade para si mesmo e para outras vítimas de abuso sexual por padres católicos. As informações são das agências de notícias Ansa e AFP.

O processo foi aberto em um tribunal federal na Califórnia e acusa a Santa Sé de ter inserido o padre mexicano Fidencio Silva-Flores em posição de poder na Igreja de Nossa Senhora de Guadalupe, na cidade de Oxnard, mesmo sabendo que as crianças da comunidade ficariam em perigo. A ação judicial não pede indenização monetária, mas sim uma ordem para o Vaticano liberar os nomes dos padres agressores.

A ação afirma que a Igreja segue encobrindo padres pedófilos, aos quais “permite viver livremente nas comunidades”. “Estou buscando a verdade. Ainda tenho essas imagens na cabeça, o que estes padres nos fizeram e a Igreja Católica se omitiu, sua falta de ação continua afetando as crianças.”

Segundo o advogado de defesa da vítima, Jeff Anderson, que já representou vítimas de abuso sexual de padres por 35 anos, há mais de 3.400 casos.

Questionado pela agência “Associated Press” (AP) sobre o novo escândalo, o advogado do Vaticano nos Estados Unidos, Jeffrey Lena, não fez comentários.

Em 2007, a suposta vítima já havia chegado a um acordo com a arquidiocese de Los Angeles, mas seus advogados afirmam que isso não liberta o Vaticano de sua responsabilidade. Silva-Flores foi alvo de 25 acusações de abuso sexual em 2003, mas o caso foi arquivado devido à quantidade de tempo.

Há pelo menos cinco anos, alguns julgamentos nos EUA haviam determinado que a Santa Sé não poderia ser acusada de ter responsabilidade direta em casos de abuso sexual cometido por qualquer clérigo. Na época, Lena explicou que os padres estão sob o controle de seus superiores locais e não são funcionários da Santa Sé. Além disso, ele ressaltou que o Vaticano alega imunidade de Estado soberano e não pode receber e manter informações sobre todos os padres do mundo.

Durante anos, os defensores das vítimas vêm exigindo que o Vaticano divulgue os arquivos sobre padres pedófilos. Em 2001, a Santa Sé chegou a ordenar que as dioceses de todo o mundo enviassem os casos de abusos para Roma para ser revisados. No entanto, os documentos nunca foram liberados. O processo acontece em meio a um escândalo de pedofilia revelado nos Estados Unidos. Um relatório do grande júri da Pensilvânia detalhando décadas de abuso gerou uma crise de confiança nas lideranças do Vaticano.

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