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Brasil Um incêndio de grandes proporções atingiu o Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro

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O edifício histórico de 200 anos foi afetado pelo incêndio por volta das 19h30min. (Foto: Vitor Abdala/ABr)

Um incêndio de grandes proporções atingiu o Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, na Zona Norte do Rio de Janeiro neste domingo. Dois andares foram bastante destruídos, e parte do teto, que era de madeira, desabou. 

O Corpo de Bombeiros foi acionado às 19h30min e rapidamente chegou ao local. Às 21h45min o fogo permanecia e era combatido por bombeiros de três quartéis. Uma equipe especializada dos bombeiros entrou no prédio por volta das 21h15min para tentar bloquear áreas ainda não atingidas pelas chamas e avaliar a extensão dos estragos. Duas escadas magirus foram usadas, e dois caminhões-pipa se revezaram fornecendo água para o trabalho dos bombeiros.

Quando o fogo começou, a visitação ao museu já havia sido encerrada e estavam no prédio quatro vigilantes, que não se feriram. Uma parte do acervo não fica nesse prédio, então está preservado. Mas o que havia em exposição aparentemente foi todo consumido.
“Começou por volta das 19h30min. Eu moro pertinho e, assim que soube, vim pra cá. É uma pena, acho que não vai sobrar nada”, afirmou o advogado Marcos Antônio Pereira, de 39 anos, enquanto acompanhava o combate ao fogo. Entre os funcionários do museu, o clima era de desespero. “Queimou tudo, perdemos tudo”, repetia uma mulher, aos prantos. Ela não quis se identificar.

 

Dois séculos de história

O Museu Nacional é uma instituição autônoma, integrante do Fórum de Ciência e Cultura da Universidade Federal do Rio de Janeiro e vinculada ao Ministério da Educação. A instituição foi criada por D. João VI, em 6 de junho de 1818. È a mais antiga instituição científica do País e guarda em seu acervo mais de 20 milhões de itens.

Entre eles, alguns dos mais relevantes registros da memória brasileira no campo das ciências naturais e antropológicas, como o mais antigo fóssil humano já encontrado no país, batizada de “Luzia”, que faz parte da coleção de Antropologia Biológica.

O museu completou 200 anos em junho deste ano. Logo que foi criado, serviu para atender aos interesses de promoção do progresso cultural e econômico do país. Desde 1892, o museu ocupa um prédio histórico, o palácio de São Cristóvão, que foi doado por um comerciante ao príncipe regente D. João em 1808 e que depois se tornou a residência oficial da família real no Brasil entre 1816 e 1821.

Foi também palco para a primeira Assembleia Constituinte da República, de novembro de 1890 a fevereiro de 1891, que marcou o fim do império no Brasil.

Desde 1946, o Museu Nacional é vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro e tem um perfil acadêmico e científico.

Acervo

O acervo do museu foi formado ao longo de mais de dois séculos por meio de coletas, escavações, permutas, aquisições e doações, o acervo tem coleções de geologia, paleontologia, botânica, zoologia, antropologia biológica, arqueologia e etnologia. São mais de 20 milhões de itens.

Entre seus principais tesouros estão um meteorito que caiu na Bahia no século 18, o Bendegó, e a primeira coleção de múmias egípcias da América Latina.

A antiga residência real, onde nasceu D. Pedro II, expõe uma coleção de peças da época do descobrimento do Brasil, em 1500, até a Proclamação da República, em 1889. Entre elas, o Canhão do Meio Dia, de 1858, usado por D. Pedro I e Theresa Christina Maria e o Relógio do Sol.

Algumas de suas atrações mais populares já não podiam mais ser visitadas pelo público por conta de problemas estruturais, como o esqueleto de uma baleia jubarte e o Maxakalisaurus topai, o primeiro dinossauro de grande porte montado no Brasil.

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