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Ciência Um levantamento canadense analisou 172 estudos sobre o coronavírus e apontou a eficácia de medidas que, se forem adotadas, podem ajudar a conter a disseminação

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O estudo alertou que o distanciamento de pelo menos um metro de uma pessoa infectada pode reduzir em até cinco vezes a chance de um contágio. (Foto: Divulgação)

Um levantamento canadense analisou 172 estudos observacionais sobre coronavírus e apontou a eficácia de medidas que, se adotadas, podem ajudar a conter a disseminação da Covid-19. O estudo alertou que o distanciamento de pelo menos um metro de uma pessoa infectada pode reduzir em até cinco vezes a chance de um contágio a distância “mais eficaz” seria, no mínimo, de 2 metros. Já o uso de máscaras quintuplica a proteção contra o vírus.

Os pesquisadores da Universidade McMaster analisaram a transmissão e proteção contra três coronavírus que resultaram em pandemias: além da Covid-19, também revisaram levantamentos sobre a Sars (síndrome aguda respiratória grave) e a Mers (síndrome respiratória do Oriente Médio).

Além do distanciamento e do uso de máscaras, a pesquisa também recomenda a proteção facial, que reduziria em até três vezes a possibilidade de transmissão do vírus. Outro componente importante é a higiene. No entanto, mesmo se todos estes mecanismos de defesa sejam adotados, ainda há chances de contrair a Covid-19.

Compilamos informações sobre Covid-19, Sars e Mers que podem como o uso ideal de intervenções simples pode achar a curva da pandemia”, explica o epidemiologista Holger Schünemann, professor da Universidade McMaster e coautor da pesquisa. “Nosso levantamento pode ajudar as autoridades a fornecer instruções aos profissionais de saúde sobre como devem se proteger dos riscos de infecção.”

O distanciamento é um dos itens mais enfatizados pelo grupo de Schünemann. A partir da análise de nove estudos, que descreveram a reação de 7.782 pessoas, os pesquisadores canadenses calcularam que o risco de infecção cai significativamente, de 12,8% para 2,6%, se houver uma distância de mais de um metro entre a pessoa com vírus e uma saudável. A modelagem sugere que, para cada metro extra, até três metros, o risco de infecção pode cair pela metade.

Treze estudos analisados sobre os três vírus abordaram a proteção facial. As pessoas que recorrem a este instrumento tinham 5,5% de risco de infecção; entre aqueles que não procuravam alguma espécie de cobertura, havia 16% de chance de contágio.

Outros dez estudos mostraram que o risco de infecção ou transmissão para quem usa uma mascara é de 3,1%, e de 17,4% para quem não está usando esta proteção.

O estudo alerta que há “baixo estoque” de respiradores N95, máscaras cirúrgicas e proteção para os olhos, o que pode afetar o atendimento de profissionais de saúde aos casos de Covid-19.

Acreditamos também que devem ser encontradas soluções para disponibilizar mascaras faciais ao público em geral”, diz Derek Chu, professor assistente da Universidade McMaster e coautor da pesquisa. “No entanto, deve-se deixar claro que o uso da máscara não é uma alternativa a distanciamento físico, proteção ocular ou outras medidas, como higiene nas mãos, e sim uma camada extra de proteção.”

Mesmo reconhecendo os perigos ligados à exposição aos vírus, profissionais de saúde relataram, em diversos estudos, que as máscaras e os instrumentos de proteção ocular causam desconforto no rosto e dificuldade de comunicação, prejudicando a empatia no tratamento a pacientes. Por isso, seu uso deve ser enfatizado pelos gestores de equipes médicas.

Os pesquisadores da universidade canadense indicam que ainda há poucos estudos voltados especificamente à Covid a maioria da análise veio de levantamentos sobre Sars e Mers. Também não foi examinado o efeito da duração do contato sobre a transmissão da doença. As informações são do jornal O Globo.

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