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Mundo Um médico é acusado de abusar sexualmente de crianças por quase 30 anos nos Estados Unidos

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Reginald Archibald masturbava crianças para depois medir o tamanho do pênis delas. (Foto: Reprodução)

Por quase 30 anos, os pais procuraram o médico Reginald Archibald quando seus filhos não cresciam. Sua clínica era no Hospital Universitário Rockefeller, uma importante instituição de pesquisa de Nova York (EUA), onde ele tratou e estudou crianças que eram pequenas para sua idade. Ele também pode ter abusado sexualmente de muitas delas. As informações são do jornal The New York Times.

O hospital enviou uma carta no mês passado para ex-pacientes de Archibald, perguntando sobre seu contato com o médico. Dez dias depois, em 5 de outubro, a instituição publicou uma declaração on-line reconhecendo evidências do comportamento “inapropriado” de Archibald.

A primeira denúncia contra o médico foi feita em 2004. Segundo um ex-paciente que conversou com a administração do hospital, a carta foi enviada para cerca de mil pessoas.

Archibald, um endocrinologista que passou a maior parte de sua carreira no Hospital Rockefeller, morreu em 2007. Seu filho, Larry, recusou-se a comentar os casos. “Isso não faz sentido para mim”, disse.

O jornal “The New York Times” falou com 17 pessoas, a maioria homens, que disseram ter sido abusadas por Archibald. A maior parte soube sobre a possibilidade de outras vítimas apenas quando receberam a carta. Alguns, no entanto, disseram que haviam apresentado queixas ao hospital ou às autoridades no passado, mas suas denúncias não foram investigadas.

Saber que eles estavam cientes sobre isso em 2004 e não buscaram as pessoas é absolutamente ultrajante”, protestou Matt Harris, agora com 58 anos, um ex-paciente de Archibald.

Todos os homens descreveram experiências semelhantes com Archibald, que lhes dizia para se despir quando estavam sozinhos em sua sala de exames. Ele os masturbava ou pedia para que se masturbassem, às vezes para a ejaculação. O médico os fotografava enquanto estavam nus e media seus pênis flácidos e eretos.

Alguns dos ex-pacientes disseram que viram Archibald apenas uma vez. Outros voltavam à sua clínica anualmente, onde serviam para seus estudos.

Os relatos descrevem um médico renomeado que exercia autoridade sobre pais desesperados para ajudar seus filhos, assim como pacientes jovens demais para saber a diferença entre a prática médica legítima e o abuso sexual. Os casos de assédio teriam ocorrido em uma época em que existiam poucas salvaguardas para esses pacientes.

Em resposta ao “The New York Times”, o hospital disse, em comunicado, que muitos ex-pacientes foram ouvidos após responderem as cartas. A instituição também divulgou que criou um fundo para fornecer aconselhamento para as vítimas.

Estamos chocados com os relatos do comportamento repreensível do Dr. Archibald. Lamentamos profundamente a dor e o sofrimento causados a qualquer um de seus ex-pacientes”, disse o comunicado. O hospital afirmou que, em 2004, recebeu uma denúncia de comportamento “impróprio” do médico durante exames físicos, mas não deu detalhes. O nome de Archibald e seus títulos foram excluídos do site da instituição.

Archibald trabalhou como médico, pesquisador e professor no Hospital Universitário Rockefeller de 1941 a 1946 e novamente de 1948 a 1980. Manteve sua afiliação à instituição, como emérito, até 1987.

Seus ex-pacientes lembram que tinha comportamento autoritário e métodos estranhos. As denúncias sugerem um padrão de abuso sexual entre as décadas de 1950 e 1970 entre pacientes de 6 e 17 anos.

Segundo Howard Merkel, professor de História da Medicina da Universidade de Michigan, fazer medições dos genitais dos meninos quando os médicos estavam preocupados com a puberdade atrasada era considerado normal até os anos 1980 e 1990. No entanto, aplicar este método quando o pênis estava ereto, pedindo que os meninos se masturbassem, particularmente enquanto o médico estava presente, não era considerado aceitável, mesmo naquela época.

Quase todas as vítimas se lembram que tiveram de se despir e ficar de pé em frente a uma parede enquanto Archibald tirava fotografias. Um paciente forneceu uma cópia de um comunicado assinado por sua mãe, dando permissão para Rockefeller fotografar seu filho “para o avanço da ciência médica”.

Pelo menos dois artigos publicados por Archibald contêm fotos de meninos nus na postura descrita pelas vítimas.

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