Quarta-feira, 18 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 9 de julho de 2018
A Rússia teve uma campanha que impressionou a todos. O país começou o Mundial como o pior colocado no ranking da entidade máxima do futebol, mas mostrou um bom jogo e conseguiu chegar até as quartas de final, onde foram eliminados, nos pênaltis, pela Croácia em um jogo muito disputado. De acordo com o jornal alemão Suddeutsche Zeitung, os jogadores russos teriam inalado amoníaco nos jogos com a Espanha e a Croácia. A revelação aconteceu em uma reportagem sobre métodos para melhoria esportiva.
Na entrevista, um membro da federação russa afirma que os atletas inalaram amoníaco em uma bola de algodão antes de entrar em campo contra a Espanha. A reportagem diz que “a federação russa agiu como se amônia fosse algo tão comum quanto usar xampu no chuveiro”. Apesar de não se tratar de uma substância proibida nos regulamentos internacionais contra o doping, o jornal conta que traz benefícios físicos, já que estimula a respiração e melhora o fluxo de oxigênio no sangue.
Esta não é a primeira vez que um periódico alemão faz referência à utilização de amoníaco por parte dos jogadores russos. O Bild comenta que deu para perceber inclusive durante a transmissão do jogo com a Croácia. A alegação é que, no começo do segundo tempo, as imagens mostraram alguns jogadores russos mexendo no nariz, algo que o jornal alemão interpreta como indício do consumo da substância.
Mundial na Rússia
Nas diferentes sedes do torneio, o orgulho russo está presente em distintas formas. Pela conquista do espaço, pela vodca ou pela vitória na segunda guerra mundial. Agora, um novo elemento foi acrescentado na extensa lista de um povo que valoriza suas conquistas: o futebol.
Com um uníssono “spasibo” (obrigado em russo) milhares de pessoas receberam os jogadores. “Foi tão incrível. Mas espero que façamos uma nova história em breve”, disse Dennis Alexandrovich, que deixou o bigode nos últimos jogos, dentro da corrente feita entre os torcedores. “É o símbolo do Cherchesov (o técnico Stanislav, que ostenta um poderoso bigode)”.
Ao contrário de outros países, a Rússia não tem muitos hits de torcida. Eles estão mais acostumados com palavras fortes, de ordem. Foram elas que deram o tom em várias comemorações. Além do obrigado, o “Molodsty”, puxado pelo apresentador no palco da festa oficial, resume bem o sentimento da nação: eles fizeram um bom trabalho.
No palco, os jogadores deixaram claro que o sucesso foi uma vida de mão dupla. O apoio da torcida fez a diferença. Cada um ali queria dizer isso. O brasileiro naturalizado russo Mario Fernandes, que não fala a língua fluentemente, só conseguiu devolver com “Muito Obrigado!”. Mas na faixa que todos seguraram estava dado o recado: “Jogamos por vocês”.
“Daqui a quatro anos nós faremos melhor no Qatar. Mas sem vocês será difícil. Portanto: todos para lá”, ordenou o técnico Stanislav Cherchesov.