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Brasil Um ministro admitiu que usa a liberação de dinheiro da Caixa Econômica Federal como moeda de troca com os governadores para que eles pressionem os deputados de seus Estados a aprovarem a reforma da Previdência

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Para Marun, no entanto, a medida não é chantagem, mas sim "ação de governo". (Foto: Marcelo Camargo/Arquivo/Agência Brasil)

O ministro Carlos Marun (Secretaria de Governo) afirmou nesta terça-feira (26) que a liberação de recursos de bancos públicos em troca de apoio à reforma da Previdência não é “chantagem”, mas sim uma “ação de governo”.

Após participar de uma reunião com o presidente Michel Temer no Palácio do Planalto, Marun admitiu que está usando a liberação de dinheiro da Caixa Econômica Federal como moeda de troca com governadores para que eles pressionem deputados a aprovarem as mudanças nas regras de aposentadoria.

“Financiamentos da Caixa Econômica Federal são ações de governo, senão o governador poderia tomar esse financiamento no Bradesco [banco privado]”, disse Marun.

“Não entendo que seja uma chantagem o governo atuar no sentido que um aspecto tão importante para o Brasil se torne realidade. O governo espera daqueles governadores que têm recursos a ser liberados, financiamento a ser liberado, uma reciprocidade no que tange a questão da Previdência”, completou.

Governadores têm reclamado da prática, mas Marun a tratou com naturalidade. Ao ser questionado sobre possíveis retaliações a quem não ajudar na aprovação da proposta, o ministro disse que “sendo uma ação de governo, o nível de apoio que o governador puder prestar à questão da reforma vai considerado” pela equipe do presidente.

Vice-líder do governo na Câmara, o deputado Beto Mansur (PRB-SP) esteve no Palácio do Planalto nesta terça e foi questionado sobre a declaração de Marun.

O parlamentar, então, avaliou que a medida não tem “nenhum cabimento” e o condicionamento, na opinião dele, é um posicionamento só de Marun.

“Lógico que nós não vamos, e o governo não vai fazer um condicionamento, ‘olha só vou liberar esse dinheiro se você conseguir tantos votos’. Isso não tem absolutamente nenhum cabimento”.

Segundo o deputado, a base aliada tem conversado com governadores e com prefeitos para que eles possam ajudar o Planalto na tentativa de convencer deputados a votar a favor da reforma.

Beto Mansur disse, ainda, que há “pendências” a serem resolvidas com os parlamentares em temas como liberação de emendas e de cargos.

Novo balanço

Responsável pela articulação política do Planalto, o ministro afirmou ainda que, nesta quarta-feira (28), Temer vai fazer uma reunião com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para discutir uma estratégia para a aprovação da nova Previdência em fevereiro.

O governo, porém, já liberou cargos e emendas parlamentares, além de verba para prefeitos e governadores, e, mesmo assim, não chegou nem perto dos 308 votos necessários para aprovar a medida na Câmara. A votação, prevista para dezembro, foi adiada para 19 de fevereiro.

Segundo Marun, o foco do Planalto é, mais uma vez, convencer os deputados da base que ainda resistem em votar as novas regras de aposentadoria que, na sua avaliação, pertencem a um grupo “casa vez menor”.

Um novo balanço de votos deve ser apresentado a Temer no meio de janeiro. O deputado Beto Mansur (PRB-SP), da tropa de choque do presidente, pretende ir ao Planalto ainda nesta terça para, segundo ele, “atualizar a planilha” de votação.

 

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