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Mundo Um piloto de folga salvou o Boeing 737 Max em seu penúltimo voo

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Representantes da Boeing e do comitê de segurança indonésio preferiram não fazer comentários sobre o voo em questão. (Foto: Reprodução)

No dia 28 de outubro do ano passado, a tripulação da Lion Air, que lutava para controlar o Boeing Co. 737 Max 8 em mergulho, teve a ajuda de uma fonte inesperada: um piloto de folga que, por acaso, estava na cabine. Aquele piloto extra, que estava sentado no banco de trás, diagnosticou corretamente o problema e explicou aos colegas como desabilitar o sistema de controle de voo com defeito e salvar o avião, segundo duas fontes a par do assunto.

No dia seguinte, sob o comando de outra tripulação, que enfrentou o que, segundo investigadores, foi um defeito idêntico, o avião caiu no Mar de Java, matando as 189 pessoas que estavam a bordo.

Este fato não divulgado anteriormente sobre o voo anterior da Lion Air é uma nova pista no mistério sobre como alguns pilotos do 737 Max que enfrentaram a falha de funcionamento conseguiram evitar o desastre, enquanto outros perderam o controle de seus aviões e caíram.

Os voos do modelo da Boeing foram suspensos em mais de 50 países depois de um segundo acidente no último dia 10 de março, em que uma aeronave da Ethopian Airlines caiu logo após a decolagem em Adis Abeba, matando 157 pessoas.

A presença de um terceiro piloto na cabine não constava no relatório de 28 de novembro do Comitê Nacional de Segurança de Transporte da Indonésia (NTSC, na sigla em inglês) sobre o acidente, e não tinha sido relatada anteriormente. O chamado “piloto de carona” no voo anterior de Bali para Jacarta disse à tripulação que cortasse a energia do motor que direcionava o nariz para baixo, segundo pessoas a par do assunto — algo que fazia parte de uma lista de verificação que todos os pilotos são obrigados a memorizar.

“Todos os dados e informações que temos sobre o voo e a aeronave foram apresentados ao NTSC da Indonésia. Não podemos fornecer mais comentários nesta fase porque a investigação sobre o acidente está em andamento”, disse o porta-voz da Lion Air, Danang Prihantoro, em entrevista por telefone.

Defeito recorrente

O relatório do comitê de segurança da Indonésia disse que o avião teve vários problemas em voos anteriores e que não foi reparado corretamente.

O sistema de segurança, projetado para evitar que os aviões subam muito abruptamente e parem, está sendo analisado pelos investigadores deste acidente, assim como do mais recente na Etiópia. Acredita-se que um sensor com defeito tenha enganado os computadores do avião da Lion Air, levando-os a interpretar que era preciso abaixar automaticamente o nariz para evitar uma parada.

A Administração Federal de Aviação americana (FAA, na sigla em inglês) afirmou na semana passada que planeja ordenar mudanças no sistema para torná-lo menos propenso a se ativar quando não houver nenhuma emergência. A agência e a Boeing afirmaram que também vão exigir treinamento adicional e referências ao sistema nos manuais de voo.

“Vamos cooperar totalmente com a revisão da auditoria do Departamento de Transportes”, disse Charles Bickers, porta-voz da Boeing, por e-mail. Representantes da Boeing e do comitê de segurança indonésio preferiram não fazer comentários sobre o voo anterior.

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