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Mundo Uma autoridade russa acusou os Estados Unidos de prepararem uma intervenção militar na Venezuela

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O autodeclarado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, o presidente da Colômbia, Iván Duque, e o vice-presidente americano Mike Pence. (Foto: D. Myles Cullen/The White House)

Um funcionário do alto escalão da inteligência russa acusou nesta terça-feira (26) os Estados Unidos de enviarem forças militares para Porto Rico e Colômbia em preparação para uma intervenção militar na Venezuela para derrubar Nicolás Maduro.

“(…) os EUA estão preparando uma invasão militar de um Estado independente”, disse Nikolai Patrushev, secretário do Conselho Russo de Segurança, em entrevista ao jornal semanal Argumenty i Fakty.

“A realocação de unidades das forças especiais americanas para Porto Rico, de tropas do Exército dos Estados Unidos para a Colômbia e outros fatos mostram evidentemente que o Pentágono está aumentando seu poder militar na região para usá-lo na retirada do Presidente Maduro.”

“O povo da Venezuela vê isso claramente”, Patrushev acrescentou, insinuando que essa percepção aumenta o apoio ao ditador e motiva Maduro a recusar a ajuda oferecida “por um Estado agressor.” Nas últimas semanas, o chavista vem bloqueando a entrada de ajuda humanitária enviada pelos Estados Unidos e outros países que apoiam o presidente autoproclamado Juan Guaidó, alegando que Washington pode enxergar as remessas de mantimentos como uma oportunidade de importar suas armas para o país latino-americano.

A Venezuela, atingida por uma grave crise política, econômica e social, registrou uma série de confrontos violentos em sua fronteira com o Brasil e a Colômbia no final de semana.

Os Estados Unidos e uma série de outros países apoiam a oposição do país, liderada por Juan Guaidó, enquanto a China e a Rússia apoiam o governo de Maduro.

O funcionário de Moscou disse ainda que Washington pediu a Moscou consultas sobre a Venezuela e que a Rússia concordou em responder os questionamentos, mas as autoridades dos EUA repetidamente adiaram um encontro sobre a questão sob falsos pretextos.

Autoridades americanas negaram as alegações russas sobre os planos dos EUA para a Venezuela e disseram que trata-se de “propaganda infundada” do governo de Vladimir Putin.

No último final de semana, o fechamento das fronteiras entre a Venezuela e os países vizinhos foi motivo de conflitos entre a GNB (Guarda Nacional Bolivariana), apoiadora de Maduro, e manifestantes que tentavam chegar aos caminhões estrangeiros nos limites com a Colômbia e o Brasil. Enquanto muitos líderes mundiais condenam o uso de força em uma intervenção ao governo de Maduro, Trump confirmou que o envio de tropas americanas para a Venezuela estava entre as “opções na mesa.”

Em entrevista recente à rede britânica BBC, Maduro já acusou os Estados Unidos de tramarem um golpe de Estado contra ele. No mês passado, o governo russo, fiel apoiador do governo chavista, também criticou a mediação ostensiva dos americanos sobre a crise venezuelana. Segundo um comunicado do Kremlin, o presidente Vladimir Putin telefonou para Maduro e “enfatizou que a destrutiva interferência externa é uma violação grosseira das normas fundamentais da lei internacional.”

Como forma de reforçar sua rejeição aos carregamentos americanos e a força de suas alianças paralelas, Maduro anunciou no dia 18 que uma grande remessa de ajuda humanitária russa estava a caminho da Venezuela, prevista para dois dias depois. “Chegarão 300 toneladas de ajuda e assistência humanitária da Rússia”, disse Maduro à época em pronunciamento transmitido pela televisão, afirmando que o envio incluía “medicamentos de alto custo.”

O ditador venezuelano afirmou que o carregamento russo foi pago por seu governo e que ele entraria legalmente no país. A Venezuela atravessa uma grande crise social e econômica, enfrentando a escassez de alimentos e medicamentos em meio a uma hiperinflação devastadora, que já ultrapassou os 2.600.000%. Segundo a ONU, desde 2015, 3 milhões de venezuelanos já deixaram o país em busca de ajuda nos países vizinhos, criando também um problema migratório.

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