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Brasil A Operação Lava-Jato pegou o celular e o computador do ex-ministro das Relações Exteriores do governo Temer

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“O PSDB, hoje, não é confiável nem para oposição. Não é nada”, afirmou Nunes. (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

A Polícia Federal apreendeu um celular e um computador na casa do ex-ministro Aloysio Nunes Ferreira (Relações Exteriores/governo Temer), alvo de buscas da Operação Ad Infinitum, fase 60 da Lava-Jato, deflagrada no dia 19. Os agentes pegaram ainda dois HD’s externos, um Ipad e oito pendrives. A informação é do jornal Estado de S. Paulo.

Segundo o mandado de busca e apreensão, Aloysio recebeu a PF às 6h10 em sua casa. Um delegado e dois agentes foram os responsáveis pelas buscas. Dois servidores da Receita acompanharam a diligência.

A Lava-Jato investiga se Aloysio Nunes Ferreira seria “beneficiário final” de um cartão de crédito abastecido com valores “provenientes da Odebrecht”. O cartão teria sido emitido, em 2007, por contas na Suíça do ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza – apontado pela investigação como operador do PSDB e preso na Ad Infinitum.

A Procuradoria da República afirmou ainda que o ex-diretor da Dersa manteve R$ 131 milhões em quatro contas no banco Bordier & CIE, de Genebra, em nome da offshore panamenha Groupe Nantes SA, da qual o operador é beneficiário econômico e controlador. As contas foram abertas em 2007 e mantidas até 2017.

“Em 24 de dezembro de 2007, portanto logo após Paulo Vieira de Souza ter recebido da Odebrecht 275.776,04 euros, cuja transferência aconteceu em 26 de novembro de 2007, um dos responsáveis por sua conta mantida em nome do Grupo Nantes na Suíça solicitou a representantes do Banco a entrega de cartão de crédito no Hotel Majestic Barcelona, na Espanha, para Aloysio Nunes Ferreira Filho”, afirma a Lava-Jato.

Do início de janeiro até 19 de fevereiro, Aloysio foi presidente da Investe São Paulo do governo João Doria. Após ser alvo da Operação, Aloysio Nunes pediu demissão do cargo.

Na casa de Paulo Vieira de Souza, a Polícia Federal achou um total de R$ 216.015,02 em um envelope de. Os valores estavam divididos em três moedas: R$ 93,25 mil, EUR 20 mil e US$ 10,128 mil.

O dinheiro apreendido com o operador do PSDB é muito superior àquele encontrado em três contas bancárias de sua titularidade. O Banco Central bloqueou na quinta-feira, 21, R$ 396,75 de Paulo Vieira de Souza. A juíza Gabriela Hardt havia ordenado o confisco de R$ 100 milhões do engenheiro.

Além dos R$ 216 mil, a PF apreendeu uma caixa com onze relógios: um com o símbolo do Corinthians, outro da marca Tommy Hilfiger, um da Swiss Army, um da Ferrari, um da Hublot, um relógio Universal dourado, um Cartier prateado com dourado, um Jaeger-Lecoultre, dois Bulgari e um HStern. Os agentes encontraram também um Apple Watch.

Vieira de Souza é investigado por lavagem de dinheiro no esquema da Odebrecht.

O Ministério Público Federal afirma que o operador disponibilizou, a partir do segundo semestre de 2010, R$ 100 milhões em espécie ao operador financeiro Adir Assad, no Brasil.

Assad entregou os valores ao Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, aos cuidados do doleiro Álvaro José Novis – que supostamente fazia pagamentos de propinas, a mando da empresa, para vários agentes públicos e políticos, inclusive da Petrobrás.

Em contrapartida, relata a investigação, a Odebrecht repassou valores, por meio de contas em nome de offshores ligadas ao Setor de Operações Estruturadas da empreiteira, ao operador Rodrigo Tacla Duran.

No dia da deflagração da Ad Infinitum, no dia 19, o ex-ministro Aloysio Nunes Ferreira disse que ainda “não teve acesso às informações” da investigação que faz parte da fase 60 da Lava-Jato.

Segundo o tucano, o delegado da Polícia Federal que conduziu as buscas em sua residência, “foi muito cortês”, mas não revelou a ele os motivos da diligência. “O inquérito está em segredo, eu estou buscando saber o que há.”

Aloysio negou ter recebido cartão de crédito da conta do operador do PSDB Paulo Vieira de Souza, preso na Ad Infinitum.

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