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Mundo Uma denúncia anônima pode deteriorar ainda mais o relacionamento de Donald Trump com as agências de espionagem dos Estados Unidos

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Trump afirmou que por décadas os trabalhadores, produtores agrícolas e fabricantes americanos foram prejudicados pelo comércio desleal da China (Foto: The White House)

O jornal The Washington Post revelou na quinta-feira (19) que uma conversa do presidente dos EUA, Donald Trump, com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, foi considerada “preocupante” por um agente do serviço de inteligência norte-americano a tal ponto que uma denúncia anônima contra Trump foi registrada por ele, segundo dois ex-funcionários do governo familiarizados com o assunto ouvidos pelo The Washington Post. Não está claro o que ele teria prometido.

O caso traz novas questões sobre o manuseio de informações confidenciais pelo presidente americano e pode prejudicar ainda mais seu relacionamento com as agências de espionagem dos EUA. Um ex-funcionário ouvido pelo jornal disse que a comunicação foi feita por meio de um telefonema.

A Casa Branca não respondeu aos pedidos de comentários sobre o assunto. O gabinete do Diretor de Inteligência Nacional e um advogado representando o denunciante se recusaram a comentar o caso.

O inspetor-geral da Comunidade de Inteligência, Michael Atkinson, foi quem recebeu a denúncia. Ele a considerou crível e preocupante o suficiente para ser tratada como uma questão de “preocupação urgente”, um limiar legal que exige a notificação das comissões de supervisão do Congresso.

Mas o diretor interino de Inteligência Nacional, Joseph Maguire, se recusou a compartilhar detalhes da suposta transgressão de Trump com os parlamentares, desencadeando uma disputa política e legal que se tornou pública e causou especulações de que o chefe de espionagem estaria protegendo de forma indevida o presidente.

Atkinson compareceu à Comissão de Inteligência da Câmara em uma sessão fechada. A audiência é o mais recente passo do presidente da comissão, Adam Schiff (democrata), para obrigar as autoridades de inteligência a divulgar os detalhes da denúncia ao Congresso.

Maguire concordou em testemunhar na mesma comissão na próxima semana, de acordo com um comunicado divulgado por Schiff. Ele se recusou a comentar a história.

“(O inspetor-geral) determinou que essa queixa é crível e urgente”. A Comissão dá grande importância à proteção dos denunciantes e suas queixas ao Congresso”, afirmou Schiff em comunicado divulgado na noite de quarta-feira

A queixa foi registrada no escritório de Atkinson em 12 de agosto, data em que Trump estava em seu campo de golfe em New Jersey. Os registros da Casa Branca indicam que Trump teve conversas ou interações com pelo menos cinco líderes estrangeiros nas cinco semanas anteriores, entre eles Zelenski, um comediante que havia sido eleito presidente da Ucrânia em maio.

Os democratas já estavam investigando esse telefonema para determinar se Trump e seu advogado, o ex-prefeito de Nova York Rudy Giuliani, estavam ou não pressionando o governo ucraniano a ajudar na campanha republicana de 2020 – eles estariam tentando encontrar informações comprometedores sobre o filho do ex-vice-presidente dos EUA Joe Biden, que lidera as prévias democratas.

Entre essas interações, houve uma ligação para o presidente russo, Vladimir Putin, que a Casa Branca iniciou em 31 de julho. Trump também recebeu pelo menos duas cartas do líder norte-coreano, Kim Jong-un, durante o verão, descrevendo-as como “mensagens bonitas”.

Em junho, Trump disse publicamente que se opunha a certas operações de espionagem da CIA contra a Coreia do Norte. Referindo-se a uma reportagem do Wall Street Journal de que a agência havia recrutado o meio-irmão de Kim, Trump disse: “Eu diria a ele que isso não aconteceu sob meus auspícios”.

Trump se reuniu com outros líderes estrangeiros na Casa Branca em julho, incluindo o primeiro-ministro do Paquistão, o primeiro-ministro da Holanda e o emir do Catar.

Donald Trump negou nesta sexta-feira, 20, que tenha discutido questões sobre Joe Biden e sua família durante uma ligação para o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski em julho. Ele disse, no entanto, que “alguém deveria investigar” o ex-vice-presidente dos Estados Unidos.

Em maio, Giuliani cancelou uma controvertida viagem para a Ucrânia que, segundo ele próprio admitiu, teria como objetivo pressionar Kiev a investigar o filho de Biden, Hunter Biden, e seu trabalho para uma empresa ucraniana de gás – algo que já havia sido analisado por promotores do país europeu.

Questionado se conversou com Zelenski sobre Biden, Trump afirmou para repórteres no Salão Oval da Casa Branca que não interessava o que eles tinham discutido. Depois, se referiu a alegações de que Biden, enquanto era vice-presidente, pressionou a Ucrânia a demitir o promotor que investigou seu filho, acrescentando que os repórteres deveriam investigar essa questão.

Trump também rotulou o denunciante anônimo de “partidário”, mas disse que não sabia sua identidade. “Não conheço a identidade do denunciante. Ouvi que é uma pessoa partidária, o que significa que (as acusações) veem do outro partido”, disse o presidente.

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