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Mundo Uma empresa de identificação facial foi flagrada usando rostos “roubados” do Facebook

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Privacidade na rede vola a gerar polêmica. (Foto: Reprodução)

As polêmicas envolvendo a falta de responsabilidade do Facebook ao lidar com a privacidade de seus usuários não param de surgir. De acordo com uma denúncia publicada originalmente pela Forbes, a companhia israelense Terrogence (que faz parte do grupo Verint) estava “roubando” rostos de usuários do Facebook para alimentar um banco de dados de reconhecimento facial ao longo dos últimos cinco anos.

A empresa oferece uma solução de segurança chamada Face-Int, que é voltada para agentes da lei e promete fazer a identificação imediata de possíveis terroristas, criminosos e “outros indivíduos que possam simbolizar uma ameaça para a aviação, imigração e segurança nacional”.

Porém, como descrito pela própria marca em seu site oficial, o serviço usa como base perfis recolhidos de “mais de 35 mil fotos e vídeos” de fontes como Facebook, YouTube e “outros fóruns abertos e fechados ao redor do mundo”. A companhia ressalta que as informações extraídas são apenas de suspeitos de atos de terrorismo, mas, ainda assim, só o fato de sabermos que ela é capaz de realizar tal extração já é assustador.

Embora a Terrogence não tenha respondido aos pedidos da Forbes para comentar sobre o assunto, podemos imaginar que os israelenses tenham se aproveitado da natureza aberta do Facebook para realizar sua “colheita”, tal como feito pela Cambridge Analytica. Durante seus depoimentos às autoridades norte-americanas, Mark Zuckerberg prometeu tornar a rede social mais “privada” para impedir esse tipo de invasão indevida.

Depoimento

Na semana passada o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, voltou a se reunir com autoridades norte-americanas para depor a respeito de sua aparente negligência ao lidar com dados pessoais dos usuários da rede social. Desta vez, porém, o executivo não conversou com senadores, mas sim com membros do Comitê de Energia e Comércio da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos — que, por sinal, exibiram um conhecimento muito mais amplo a respeito do assunto.

Se Zuckerberg já havia sofrido o suficiente na sessão anterior, a segunda entrevista conseguiu ser ainda pior. Os congressistas focaram menos no escândalo Cambridge Analytica e realizaram perguntas em um contexto mais amplo, questionando sobre as políticas de privacidade da plataforma como um todo.

É sabido que o Facebook coleta um volume enorme de dados dos internautas — até mesmo daqueles que não possuem mais ou nunca possuíram uma conta na rede social. Pressionado pelos congressistas a respeito dessa prática, Zuckerberg afirmou desconhecer a quantidade exata de informações que a plataforma coleta (o que é estranho para um CEO), mas explicou os motivos para tal estratégia.

De acordo com ele, os dados são coletados por questões de segurança, para que a equipe possa “ficar de olho” em pessoas que visitam o site apenas para recolher informações de cidadãos do bem. Porém, Zuckerberg se esqueceu de dizer que tais dados também são usados para incluir esses internautas externos em sua plataforma de publicidade direcionada.

Em 2011, o Facebook assinou um termo da Comissão Federal de Comércio se comprometendo a identificar e avisar seus usuários sobre riscos emergentes à sua privacidade. Para diversos congressistas — incluindo Roberta Latta —, a rede social falhou com seu dever ao não perceber as violações da Cambridge Analytica durante as auditorias encaminhadas ao órgão naquela época. Zuckerberg, porém, continuou dizendo que os termos não foram violados.

Em resposta à congressista Janice Schakowsky, Zuckerberg afirmou que irá modificar globalmente o Facebook para se adequar à nova legislação europeia sobre proteção de dados que começará a valer em maio. Esta foi a primeira vez que o executivo se pronunciou positivamente sobre o projeto de forma pública; até então, ele tinha se limitado a dar declarações mistas a respeito do assunto.

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https://www.osul.com.br/uma-empresa-de-identificacao-facial-foi-flagrada-usando-rostos-roubados-do-facebook/ Uma empresa de identificação facial foi flagrada usando rostos “roubados” do Facebook 2018-04-19
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