Domingo, 15 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 17 de junho de 2019
No ano passado, de cada R$ 100 movimentados no Rio Grande do Sul por meio da internet, R$ 1,33 foram alvo de alguma tentativa de golpes. Segundo a empresa ClearSale, especializada em soluções antifraude, trata-se do menor índice do Brasil, cuja média é de R$ 3,53. Esse indicador posiciona o Estados como o mais seguro para compras on-line.
As causas desse status diferenciado ainda não estão claras, de acordo com conhecedores dos riscos do comércio eletrônico. “A Região Sul possui pólos de tecnologia importantes, então é possível que, por isso, a população esteja mais acostumada a realizar compras pela internet e a proteger seus dados”, cogita o analista de suporte André Olivato, da provedora de sites HostGator.
No Brasil, houve um aumento de cerca de 9% nas tentativas de fraude em 2018. O uso de redes sociais é uma das situações que aumenta a exposição dos internautas às ações maliciosas. “As redes sociais são um do principais veículos de divulgação de produtos e serviços”, ressalta Olivato. “Criminosos aproveitam essa popularidade para fazer propaganda de sites falsos com ofertas tentadoras, levando os usuários a cair em golpes.”
Proteção
Um golpe comum é a clonagem de páginas de grandes sites do chamado “e-commerce”. Assim, é importante observar atentamente a URL (o endereço da página). Lojas confiáveis possuem endereço único e que não pode ser copiado, por conta das políticas de registro de domínios na web. “Se a URL da compra for diferente da URL da loja, desconfie”, alerta Olivato.
Muitos internautas têm receio de quitar compras on-line com cartão de crédito, mas as que forem pagas com boleto bancário também merecem atenção: não são raras as denúncias de falsificação ou de alteração dos dados. “Em alguns casos, o boleto até é emitido no nome de quem fez a compra, porém o credor é um terceiro, e não o site em que a compra foi feita”, explica a diretora de risco Mônica Dalosto, da empresa Asaas, que atua na gestão de pagamentos.
Caso o boleto tenha sido recebido por e-mail, é importante verificar se o endereço de onde foi enviado é o mesmo da loja virtual. “Na Asaas, adotamos como protocolo de segurança a aprovação do boleto pela pessoa que receberá a cobrança, com uma ligação telefônica”, explica Mônica. Bancos emissores de boletos raramente conseguem fazer uma varredura desse tipo.
Olivato recomenda verificar com atenção promoções com preços baixos demais. Se a propaganda for de uma loja conhecida, o ideal é acessar o site oficial da empresa e procurar pelo produto usando a ferramenta de busca. Caso se trate de um e-commerce pouco conhecido, antes de se fechar uma conta é essencial procurar informações sobre a empresa – razão social, CNPJ, reclamações e indicadores de reputação.
(Marcello Campos)