Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 2 de dezembro de 2018
Uma freira de hospital que desobedeceu as ordens do médico salvou a vida do papa Francisco há seis décadas, quando ele corria o risco de morrer de pneumonia, revela o papa em um novo livro.
Quando Francisco estava estudando para o sacerdócio na América Latina na década de 1950, ele pegou pneumonia, mas foi diagnosticado erroneamente pelo médico do seminário, que achou que era gripe, e um dia teve que ser levado para o hospital “a ponto de morrer”, contou.
Um médico do hospital percebeu que era uma pneumonia e ordenou que os funcionários dessem ao jovem Jorge Mario Bergoglio dois tipos de antibióticos.
Mas uma freira do hospital chamada Cornelia Caraglio teve uma ideia diferente.
“Assim que o médico foi embora, ela disse à equipe: ‘Vamos dobrar a dose’. Ela certamente era uma freira sábia. Ao ordenar que a dose fosse dobrada, ela salvou minha vida”, disse ele.
Vários meses depois, o futuro papa retornou ao hospital para remover a parte superior de um de seus pulmões por causa de uma infecção.
Francisco, de 81 anos, fez os comentários em uma entrevista ao padre espanhol Fernando Prado para livro no qual ele discute os desafios de ser um padre ou freira nos dias de hoje. O título da obra é “O poder da vocação”.
Padres gays
Homens com tendências homossexuais não deveriam ser admitidos no clero católico, e seria melhor para os padres ativamente gays abandonar o sacerdócio em vez de levar uma vida dupla, afirmou o Francisco no mesmo livro.
Embora o Papa já tenha falado antes sobre a necessidade de uma melhor triagem de candidatos para a vida religiosa, o comentário sugerindo que padres que não podem manter seus votos de celibato devem deixar o sacerdócio é um dos mais enfáticos sobre o assunto até o momento.
“A questão da homossexualidade é muito séria”, disse Francisco, acrescentando que os responsáveis pela formação de homens para serem padres devem ter certeza de que os candidatos são “humanos e emocionalmente maduros” antes de serem ordenados. Isso também se aplica às mulheres que queiram entrar em comunidades religiosas femininas para se tornarem freiras. Na Igreja Católica, padres, freiras e monges fazem votos de celibato.
Francisco disse que “não há espaço” para a homossexualidade nas vidas de padres e freiras e que a Igreja deve ser “exigente” na escolha de candidatos