Sábado, 04 de maio de 2024

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
21°
Light Rain

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Rio Grande do Sul O Ministério da Agricultura já considera pouco provável que a nuvem de gafanhotos na Argentina chegue ao Rio Grande do Sul

Compartilhe esta notícia:

Insetos devem chegar ao Uruguai nesta quinta-feira. (Foto: EBC)

Embora considere a hipótese pouco provável, o Ministério da Agricultura continua a monitorar a nuvem de gafanhotos que passou pelo Paraguai, chegou à Argentina e estaria a caminho do Oeste do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A análise leva em consideração o fato de que os insetos já se dirigem para o Uruguai, conforme verificado pelas autoridades de Buenos Aires.

Um grupo de trabalho do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da SDA (Secretaria de Defesa Agropecuária), vinculada ao Ministério, permanece mobilizada, em conjunto com as equipes técnicas das Superintendências Federais de Agricultura e de órgãos estaduais de Defesa Agropecuária do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

“De acordo com os dados meteorológicos para os próximos dias na Região Sul do Brasil, até o presente momento é pouco provável que a nuvem avance em território brasileiro”, declarou a pasta, por meio de nota distribuída à imprensa. “Com base neste cenário, estão sendo trabalhadas estratégias passíveis de adoção para um eventual surto da praga no Brasil, caso ocorram alterações climáticas favoráveis ao deslocamento da nuvem de gafanhotos para o País”.

Detalhes

Dados oficiais apontam que, desde 2015, a formação de nuvens desses insetos nos países vizinhos Bolívia, Paraguai e Argentina tem ocorrido com certa frequência. Por isso, o Ministério da Agricultura está elaborando um manual de orientações de ações de controle da praga, direcionado aos produtores rurais e aos órgãos estaduais de defesa agropecuária e de extensão rural.

Conforme especialistas, são várias as espécies de gafanhotos que oferecem risco de prejuízo econômicos no Brasil. A espécie “Schistocerca cancellata” (que forma a nuvem em deslocamento na Argentina), por exemplo, já foi responsável por diversas infestações em 1938, 1942 e 1946, migrando da Argentina para o Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais.

Muitos são os fatores capazes de causar o aumento das populações de gafanhotos. Isso inclui aspectos climáticos (temperatura, umidade relativa do ar e precipitação pluviométrica acumulada), bem como como predadores, parasitas e doenças.

As nuvens de gafanhotos costumam acontecer quando o número de membros da população do inseto aumentam de forma exagerada, ao mesmo tempo em que falta comida na região, fazendo com que o animal sobrevoe extensos territórios, em busca de alimentos.

Os dados dessa voracidade são agravados por uma presença massiva: aproximadamente 1 quilômetro quadrado de área pode abrigar até 40 milhões de insetos. Uma “nuvem” dessa dimensão é capaz de consumir em apenas um dia uma área de cultivo suficiente para abastecer cerca de 350 mil pessoas.

Apesar dos danos às plantações, os gafanhotos não atacam ou oferecem riscos aos seres humanos e às propriedades em si – exceto, é claro, no que se refere aos prejuízos. Caso algum produtor identifique a presença desses insetos em grande quantidade, a orientação é informar a inspetoria de defesa agropecuária da sua localidade.

(Marcello Campos)

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Rio Grande do Sul

Aumento de acidentes alerta para o risco das imprudências no trânsito em Porto Alegre
Aprovada verba emergencial para a prevenção do coronavírus em instituições que abrigam idosos e crianças em Porto Alegre
https://www.osul.com.br/uma-nuvem-de-gafanhotos-que-atingiu-a-argentina-se-aproxima-do-oeste-gaucho-deixando-em-alerta-as-autoridades-agropecuarias/ O Ministério da Agricultura já considera pouco provável que a nuvem de gafanhotos na Argentina chegue ao Rio Grande do Sul 2020-06-24
Deixe seu comentário
Pode te interessar