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Por Redação O Sul | 7 de março de 2020
A Nasa (agência espacial norte-americana) divulgou um buraco descoberto por acaso em Marte. Capturado em 2011 pela HiRISE, câmera de bordo da sonda Mars Reconnaissance Orbiter (MRO), o buraco parece ser uma espécie de entrada para uma caverna subterrânea.
Localizado nas proximidades do vulcão Pavonis Mons, o buraco tem aproximadamente 35 metros de diâmetro, de acordo com as análises feitas por pesquisadores. A agência estima que o local tenha cerca de 20 metros de profundidade, segundo o ângulo interno da sombra que aparece nas imagens capturadas.
Buracos como esse são de grande interesse de pesquisadores, uma vez que seu interior oferece certa proteção contra a vida hostil na superfície do Planeta Vermelho. Dessa forma, esses locais podem ser bons candidatos para abrigar vida marciana que, em seu interior, conseguiriam se manter longe das fortes radiações solares.
Por esse motivo, esses locais são ideais para servirem de apoio em expedições humanas. Por exemplo, astronautas poderiam utilizar esses buracos para construir abrigos subterrâneos. Segundo a agência, essa região deve receber missões de exploração no futuro com o objetivo de procurar por sinais de vida marciana.
No segundo semestre deste ano, a agência enviará a sonda Mars 2020 para o Planeta Vermelho à procura de bioassinaturas onde teria sido o delta de um rio. Essa sonda ainda será equipada com uma máquina de perfuração para fazer buscas e análises no subsolo marciano.
Foto com maior resolução
O rover Curiosity, da Nasa, conseguiu capturar uma foto panorâmica de Marte com a maior resolução já atingida. Composta por mais de 1.000 imagens tiradas durante o feriado norte-americano de Ação de Graças de 2019, o registro contém 1,8 bilhão de pixels da paisagem marciana.
A Mast Camera do rover, ou Mastcam, usou várias lentes para produzir a foto. Sua lente telefoto fez a panorâmica; ao mesmo tempo, a de ângulo médio foi usada para produzir um panorama de baixa resolução e quase 650 milhões de pixels, que inclui o convés e o braço robótico do veículo espacial.
Ambos os panoramas mostram Glen Torridon, uma região ao lado da montanha conhecida como Monte Sharp, local onde o Curiosity está explorando. Foram necessárias mais de 6 horas e meia ao longo dos quatro dias para que o rover capturasse as imagens.
Os operadores da Mastcam programaram uma complexa lista de tarefas, que incluíam apontar o mastro do veículo espacial e garantir que as imagens estivessem em foco. Para assegurar uma iluminação consistente, eles limitavam a produção de imagens entre o meio-dia e as 2 horas da tarde locais de Marte.
“Enquanto alguns da nossa equipe estavam em casa desfrutando o peru, o Curiosity produziu este banquete para os olhos”, comentou Ashwin Vasavada, cientista da NASA que participou do projeto, em nota.