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Brasil “Vacina de vento”: saiba como ter certeza de que foi imunizado

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Vídeo mostra procedimento de injeção em drive-thru do RJ, sem que o líquido fosse aplicado. (Foto: Reprodução)

A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga ao menos três denúncias sobre a chamada “vacina de vento” contra o coronavírus – denominação informal do procedimento em que a dose não está na seringa ou não foi injetada. Os casos vieram à tona porque foram filmados por parentes de idosos que recebiam a injeção.

Após uma idosa de 94 anos receber uma dose de ar em Petrópolis (Serra fluminense) na última sexta-feira (12), a prefeitura mudou o protocolo de imunização na cidade. Os técnicos de enfermagem estão sendo orientados, agora, a mostrar as seringas cheias e, depois da aplicação, elas vazias.

Houve casos parecidos na capital do Estado e na cidade vizinha de Niterói. Os acusados poderão responder por peculato — crime em que funcionário público age em proveito próprio ou alheio.

“A partir da divulgação do vídeo pelas redes sociais, instauramos o procedimento para apurar as circunstâncias da vacinação da idosa. A prefeitura está colaborando bastante com as investigações e, inclusive, já mudou os protocolos de imunização”, afirmou o delegado João Valentim, titular da 105ª DP (Petrópolis).

Na imagem, é possível ver que a seringa está vazia. Após a família denunciar o que havia acontecido, a idosa foi vacinado em casa no sábado. A técnica de enfermagem foi convocada a depor na delegacia.

A Prefeitura de Niterói também afastou uma técnica de enfermagem que inseriu a agulha no braço de um idoso no posto do Gragoatá na última sexta-feira (12) e não empurrou o êmbolo. Com a queixa da família, o idoso foi vacinado em casa no mesmo dia.

No Rio de Janeiro, um caso semelhante ocorreu no posto drive-thru no Parque Olímpico, na Barra. Um rapaz, que seria estudante de Medicina, aplicou a agulha da seringa e não empurrou o êmbolo. A família percebeu na hora, e uma outra dose foi aplicada.

A pediatra, alergista e imunologista Fernanda Fagundes, professora de Alergia e Imunologia da Unigranrio, explicou que uma dose de ar pode causar inchaço e dores:

A vacinação é intramuscular. Então, o que pode ocorrer é dor local e inchaço. Se, por acaso, pegar algum vaso e for injetada uma quantidade em torno de 50 ml de ar rapidamente, aí tem risco de fazer embolia.

Direitos do paciente

Professor do Instituto de Medicina Social da Uerj, Mario Roberto Dal Poz lembrou que o paciente tem direito a pedir para olhar o frasco da vacina e a seringa antes e depois da aplicação:

“Idosos têm direito a estarem acompanhados. O procedimento correto é o próprio profissional de enfermagem mostrar a seringa antes, durante e depois. Mostrando que a seringa vai ser aberta, etc. Tem toda uma norma técnica, um protocolo que deve ser seguido.”

Dicas

É importante saber que os idosos têm direito a um acompanhante na hora da imunização. A presidente da Sociedade de Infectologia do Rio de Janeiro, Tânia Vergara, aconselha que o idoso e seu acompanhante prestem atenção no ato da vacinação.

– “O recomendado é ficar de olho em todo o processo: desde a retirada da dose do frasco até a aplicação”, orienta a especialista.

– Atenção ao processo – Sempre que possível e evitando aglomerações, ficar atento a todo o processo de vacinação.

– Conteúdo da seringa – Pedir para ver a seringa antes e após a aplicação; Verificar se o frasco com a dose aplicada está vazio.

– Número do lote – Conferir se o número do lote que consta no comprovante de vacinação é o mesmo que é informado no frasco.

– Registrar com celular – Filmar e fotografar o ato da vacinação, se necessário.

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https://www.osul.com.br/vacina-de-vento-saiba-como-ter-certeza-de-que-foi-imunizado/ “Vacina de vento”: saiba como ter certeza de que foi imunizado 2021-02-16
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