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Mundo Veja quais são os cinco grandes enigmas do coronavírus ainda não desvendados pela ciência

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Trata-se da ausência no sistema imunológico de um receptor que falta em cerca de 4% da população. (Foto: NIAID/NIH)

A ciência jamais havia investigado nada com a mesma intensidade do que o novo coronavírus. A comunidade científica publicou quase 350.000 estudos sobre o patógeno, segundo a empresa britânica Digital Science. Mas ainda restam perguntas importantíssimas por resolver após um ano de pandemia. Meia dúzia de especialistas falam sobre cinco dos principais enigmas.

1) Como o coronavírus chegou aos humanos?

Ainda não se sabe como o novo coronavírus chegou ao mercado de animais vivos de Wuhan. O cientista dinamarquês Peter Ben Embarek, chefe da missão da Organização Mundial da Saúde enviada à China para investigar a origem da pandemia, afirmou em 9 de fevereiro que é “extremamente improvável” que o vírus tenha saído de um laboratório. O comitê de especialistas trabalhava com a hipótese principal de que o coronavírus se originou nos morcegos e passou aos humanos através de uma espécie animal intermediária, talvez alguma das que se amontoam nas fazendas de pele chinesas.

2) Quanto tempo a proteção das vacinas irá durar?

A melhor notícia da pandemia é que as vacinas evitam praticamente 100% dos casos graves de covid-19, mas ainda restam muitas incógnitas, como explica a virologista Isabel Sola. “Ainda não sabemos quanto tempo durará a imunidade, tanto a natural [produzida após superar a covid] como a induzida pelas vacinas. Também não sabemos a força da imunidade e se protege completamente da infecção ou somente da doença”, afirma Sola, codiretora de uma vacina experimental contra a covid no Centro Nacional de Biotecnologia (CNB-CSIC), em Madri. Se as injeções não impedem as infecções assintomáticas, os vacinados devem continuar usando máscara na presença de pessoas não vacinadas, para evitar possíveis contágios.

3) As variantes do vírus piorarão a pandemia?

O coronavírus não para de mutar. O crescimento fora de controle da pandemia facilitou o surgimento de novas versões do vírus que escapam parcialmente das defesas humanas ―como as variantes detectadas na África do Sul e no Brasil― e que são até mais letais, como a observada pela primeira vez no Reino Unido e já presente em uma centena de países. A patologista espanhola Elisabet Pujadas frisa que uma das principais incógnitas atuais é a efetividade das vacinas contra as variantes emergentes. Pujadas, pesquisadora da Escola Icahn de Medicina do Hospital Monte Sinai de Nova York, acha “muito possível” a necessidade de modificar periodicamente as vacinas, como já é feito com as da gripe.

4) Por que há infectados que morrem e outros que sequer notam que se infectaram?

O vírus matou aproximadamente 1% dos infectados na Espanha fora das residências de idosos, segundo um estudo do Centro Nacional de Epidemiologia com dados da primeira onda. A letalidade do coronavírus nos homens maiores de 80 anos chegou a 12%, mais do que o dobro do que nas mulheres. Outra das grandes perguntas sem resposta, no entendimento da virologista Isabel Sola, é por que o vírus mata algumas pessoas e outras nem percebem que estão infectadas.

5) Como será o futuro após a pandemia?

Esta é uma das incógnitas mais importantes. O médico Alberto Paniz Mondolfi lembra que outros quatro tipos de coronavírus, agora vinculados ao resfriado comum na temporada invernal, também saltaram dos animais aos humanos no passado. “É possível que no futuro a covid-19 seja uma infecção de ocorrência habitual, com possíveis surtos provavelmente associados às estações”, diz o pesquisador venezuelano.

Paniz Mondolfi dá o exemplo da última grande pandemia do século XIX, a chamada gripe russa dos anos 1889 e 1890. A equipe do virologista belga Marc Van Ranst sugeriu em 2005 que o culpado da epidemia não foi um vírus da gripe, e sim um coronavírus, o OC43, hoje basicamente inofensivo. “Sendo assim, este é um claro exemplo do caminho que o SARS-CoV-2 pode estar tomando: de protagonista de uma pandemia a futuro ator coadjuvante nas temporadas de gripe. Somente o tempo dirá”, afirma Paniz Mondolfi.

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https://www.osul.com.br/veja-quais-sao-os-cinco-grandes-enigmas-ainda-nao-desvendados-pela-ciencia/ Veja quais são os cinco grandes enigmas do coronavírus ainda não desvendados pela ciência 2021-03-20
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